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Estreia com direção de Monique Gardenberg e Deborah Evelyn no elenco.
Uma série de reencontros marca a estréia de Hora Amarela, primeira montagem no Brasil de Through the Yellow Hour, do dramaturgo norte-americano Adam Rapp. Dez anos após o sucesso de ‘Baque’ (2005),Monique Gardenberg volta a dirigir Deborah Evelyn, além de ter a segunda experiência com a dramaturgia de Rapp, autor de ‘Inverno da Luz Vermelha’, encenado por ela em 2011. Com estreia em São Paulo prevista para 20 de fevereiro no Sesc Bom Retiro, o texto ganhou tradução de Isabel Wilker, que também está no elenco. A atriz Mônica Torres, que assistiu à montagem original e adquiriu os direitos do texto, é a idealizadora do projeto.
‘’Hora Amarela’ é diferente de tudo que já fiz. Logo que recebi o convite de Deborah e Mônica fiquei resistente. Nunca havia imaginado encenar uma ficção científica. Mas aos poucos fui me dando conta que, embora a história se passe no futuro, tudo o que acontece em cena já foi, de uma forma ou de outra, produzido pelo homem, tem uma base real que a torna assustadora e nos faz refletir sobre os caminhos da humanidade’, conta Monique sobre o texto, cuja ação se passa em uma Nova York sitiada e arrasada por uma guerra misteriosa e violenta.
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Escondida há três meses no porão de seu prédio, Ellen (Deborah Evelyn) faz de tudo para sobreviver e não perder a esperança de rever o marido desaparecido. No desenrolar da peça, ela é surpreendida com a chegada de diferentes personagens, como Maude (Isabel Wilker), jovem viciada em drogas à procura de abrigo, o professor Hakim (Michel Bercovicth), que traz notícias do mundo externo e um fugitivo Sírio (Daniel Infantini) que não consegue se comunicar por não falar outra língua. A situação se torna cada vez mais desoladora e Ellen tenta desesperadamente seguir em frente e se manter viva.
Para recriar este ambiente de extrema destruição, Monique convidou Daniela Thomas (cenografia), Cassio Brasil (figurinos) e Maneco Quinderé(iluminação), parceiros da diretora em ‘Inverno da Luz Vermelha’ (2010). ‘Estamos em um bunker fechado e claustrofóbico. Daniela trabalhou em cima desta ideia, a de um porão fechado abaixo do solo. A vida se passa, portanto, sobre a cabeça dos atores’, diz Monique, ressaltando que a luz virá quase sempre de fontes em cena, como luminárias, lanternas e resistências.
Outro ponto fundamental para o desenvolvimento dos conflitos será a trilha sonora, composta especialmente para o espetáculo pelo músico paulistaLourenço Rebetez. Segundo Monique, o som ‘comenta’ toda a peça: ‘Quando li o texto, pensei: tem que ser rápido, doloroso e muito tenso. A forma de criar esta tensão seria através da trilha sonora, algo que precisaria ser composto. Por coincidência, antes de começarem os ensaios, assisti a um ballet do coreógrafo Ricardo Linhares musicado pelo Lourenço. Além de um profundo conhecimento musical, ele é um pensador inquieto. Eu precisava desta combinação’, conta a diretora.
HORA AMARELA é um espetáculo integrante do projeto #VivoEnCena.
Texto: Adam Rapp . Tradução: Isabel Wilker. Direção: Monique Gardenberg
Elenco: Deborah Evelyn, Isabel Wilker, Michel Bercovitch, Darlan Cunha, Daniel Infantini e Daniele do Rosario
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HORA AMARELA é uma produção de Monica Torres e Calligaris Produções Literárias e Artísticas Ltda com o patrocínio da Eletrobras, Banco do Brasil e Vivo, uma realização do Ministério da Cultura através da Lei Rouanet.
SOBRE O PROJETO CULTURAL VIVO ENCENA
O Vivo EnCena é uma iniciativa da Vivo que estimula o intercâmbio de projetos de artes cênicas com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento do país e da sociedade como um todo. O teatro é pensado além do espetáculo, sendo estabelecida uma rede de ações de formação de plateia, inclusão cultural e desenvolvimento profissional, compartilhando histórias inspiradoras, conceitos inovadores e ideias transformadoras no âmbito da cultura. O Vivo EnCena é realizado há dez anos e está presente em 20 estados de todo o país, além de realizar ações próprias e a curadoria do Teatro Vivo, situado na capital paulista.
De 20 de fevereiro a 29 de março
Teatro do Sesc Bom Retiro - 291 lugares. - Al. Nothmann,185 – Campos Elíseos
Ingressos- valores: de R$ 9,00 a R$ 30,00. Horário: Sextas às 20h; sábados às 19h; domingos às 18h.
Não recomendado para menores de 16 anos. Duração 90 min.
Acessibilidade: Entrada com acesso para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Poltronas reservadas para cadeirantes. Estacionamento próprio: R$4,00 e R$8,00.
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