quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

"As Moças"

Site
Foto: Divulgação
Fernanda Cunha e Casa 5
 Apresentam

Angela Figueiredo e Fernanda Cunha
em
AS MOÇAS:
O último beijo
De Isabel Câmara.  Direção André Garolli

ÚLTIMA E CURTA TEMPORADA EM SÃO PAULO:
 De 07 a 22 de Fevereiro de 2015 no Espaço Parlapatões
 Sábados às 20h e Domingo às 19h

Uma relação de amor, ódio e amizade. Duas mulheres, uma jornalista a outra QUASE atriz, uma QUASE velha a outra jovem. Elas se encontram no Rio de Janeiro em algum momento entre os anos de 1965 e 1975 e dividem o mesmo apartamento enquanto tentam se estabelecer profissional e afetivamente em meio à ditadura militar e à revolução sexual que marcaram aquela época.

Com direção de André Garolli, a montagem de As Moças, de Isabel Câmara, é uma releitura deste clássico da dramaturgia brasileira dos anos 60.
Mineira, de Três Corações, Isabel escreveu um único texto para o teatro: “As Moças: O Último Beijo”. Ficou conhecida como uma das principais autoras do grupo de jovens dramaturgos de 69, ao lado de José Vicente, Leilah AssumpçãoConsuelo de Castro e Antônio Bivar. Uma geração de autores que compõe um retrato existencial e subjetivo daquela época marcada pela revolução sexual e a repressão política.
Como característica os textos apresentam diálogos que beiram ao absurdo além da autenticidade e sinceridade, num tom confessional, que aparecem na relação das personagens e no jogo cênico
O texto As Moças, surgiu em 1969, foi encenado em São Paulo, com direção de Maurice Vaneau, e em 1970, no Rio de Janeiro, no Teatro Ipanema, com direção de Ivan Albuquerque, rendendo a Isabel o Prêmio Molière de melhor autor de 1970.
Angela e Fernanda, duas atrizes de gerações diferentes e apaixonadas por seu oficio, procuravam há algum tempo um texto para montar e iniciar uma parceria artística e de produção. Conheceram-se no “II Festival de Peças de Um Minuto” dos Parlapatões e logo perceberam grande afinidade. Um amigo, o diretor Marcos Loureiro as apresentou ao texto As Moças. A partir daí foram em busca da realização do espetáculo. Depois de aprovar o projeto em leis de incentivo, inscrever em editais e procurar patrocinadores, resolveram “arregaçar as mangas”, apostar e investir recursos próprios e montar o espetáculo. Convidaram André Garolli para a direção. Elas o conheceram quando ele as dirigiu em algumas peças do II Festival de Peças de Um Minuto. Convidaram Branco Mello para criar a trilha sonora e Cassio Brasil para criar o cenário e figurinos. Contaram com o apoio e parceria de amigos e empresas também apaixonadas pelo teatro como: Parlapatões, Morente Forte Comunicações, Espaço Horizon, Cabelaria, Spazio e a Casa 5.
Garolli conta que “estava terminando de elaborar as diretrizes do Projeto Homens à Deriva, no qual a proposta é discutir o período da ditadura militar quando a Fernanda e a Angela me convidaram para dirigir As Moças, um texto que conheci através das mãos do saudoso Fauzi Arap. Daí para frente achei que o interessante seria discutir que sociedade e que momento era esse do Brasil que permitiu a consolidação desse golpe. Nos confinamos em uma pequena sala de ensaio, que poderia ser um conjugado, um alojamento, um camarim, uma cela, um “entre quatro paredes”  qualquer,  afim de tentar reinventar a vida (que pretensão!!). Recebemos visitas de companheiros que trouxeram ideias e estratégias surpreendentes. E assim, passo a passo, lutamos com nossas diferenças, com nossos ideais, com nossas vaidades, com nossos sonhos e através da convivência, da negociação, do desapego conseguimos nos libertar para dar luz a essas Moças.”
O espetáculo tem a trilha sonora de Branco Mello, criada a partir de trechos de diversas obras musicais, clássicos dos anos 60 e 70. “Pra fazer a trilha do espetáculo, pensei muito no Brasil e na música do final dos anos sessenta. Me aprofundando na loucura da relação das personagens Tereza e Ana, achei que a história delas poderia ter acontecido tanto num conjugado em Copacabana no Rio de Janeiro, quanto em qualquer outro lugar do mundo. Lembrei de Jimi Hendrix, Chet Baker, Jim Morrison, John Coltrane, The Who, Mile Davis e Mutante… Está tudo aqui”, afirma Branco.
Por se tratar de um texto intimista o palco do Teatro do Espaço Parlapatões é perfeito para a montagem, pois a ação se desenrola próxima aos espectadores desvendando a relação entre estas duas mulheres. Responsável pelo cenário e pelos figurinos, Cassio Brasil comenta que foi a relação de valor presente em toda a peça que motivou seu raciocínio. “O tempo todo é isso que discute, – quanto você vale se tem dentes faltando na boca? – e um reloginho de pulso, ainda que sem corrente, preso ao pulso por uma fita? Esses valores são instáveis, difusos.  Quem controla as oscilações dos valores de nossas vidas? O que vai ser joia hoje, pra amanhã retornar a condição de miçanga?”.
Se existe uma peça na história do teatro brasileiro do século XX cuja fortuna crítica merece uma revisão é As Moças, texto que costuma ser analisado por manuais que pretendem dar conta da dramaturgia brasileira escrita a partir dos anos 60 e por estudos que visam debater o lugar da mulher na sociedade no contexto histórico da ditadura militar.
A proposta desta montagem é envolver o público de maneira direta e explosiva, partindo da construção realista das cenas, com linguagem contemporânea e interpretação naturalista, além de cenários e figurinos com personalidade, porém sucintos.

ESPAÇO PARLAPATÕES (98 lugares) - Praça Franklin Roosevelt, 158 – Centro
Bilheteria: 3258.4449 - Vendas: www.ingressorapido.com.br / 4003.1212
Terça a quinta das 16h as 21h; sexta e sábado 16h a meia-noite, domingo 16h as 20h. Formas de Pagamento: Dinheiro e todos os cartões de débito e crédito. Não aceita cheque.
 
Sábado às 20h e Domingo às 19h.  Ingressos: R$ 40
 Duração: 60 minutos. Classificação: 16 anos
 Reestreia dia 07 de Fevereiro.   Curta Temporada: até 22 de Fevereiro

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