sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

"Fale Mais Sobre Isso"

Foto: Henrique Rangel 
Fale Mais Sobre Isso volta aos finais de semana 

Temporada de 4 de julho a 27 de setembro
** Não haverá sessão dia 11 de julho. 
Sábados às 20h e domingos às 18h
R$ 60 | 70 min | 12 anos
Teatro Livraria da Vila – JK Iguatemi Av. Juscelino Kubitschek, 2041
Lotação: 125 lugares

Flávia Garrafa estreia monólogo cômico Fale Mais Sobre Isso com direção do seu irmão Pedro Garrafa

A atriz, que também é formada em psicologia, juntou as duas profissões para escrever Fale Mais Sobre Isso, espetáculo em que interpreta uma psicóloga e suas 4 p­acientes

Nova produção da agência Elemento Cultural, o espetáculo Fale Mais Sobre Issoestreia no Teatro Livraria da Vila do Shopping JK-Iguatemi no dia 14 de março, sábado, às 20 horas. Com 22 anos de carreira, este é o primeiro texto da atriz Flávia Garrafa, que discute com humor a capacidade e o desejo da mudança pessoal. Tendo como pano de fundo o consultório de uma psicoterapeuta onde passam quatro personagens, o texto discute e revela as angústias, dúvidas, questionamentos e o desconforto que leva cada paciente/personagem a procurar ajuda terapêutica.

A ideia original de juntar o universo da psicologia e do teatro em um monólogo cômico foi do diretor e namorado da Flávia, Pedro Vasconcelos, que conhecendo muito bem a atriz vislumbrou a possibilidade de ela escrever e interpretar a vida de cinco personagens em busca de mudanças. “É a realização de um desejo levar para o palco a junção dessas tão antagônicas profissões: psicóloga e atriz. O texto busca mostrar o lado da terapeuta, as falas das outras personagens acabam por esclarecer quem é a psicóloga, seus medos e questões”, conta a atriz e dramaturga.

Laura, a psicóloga, é uma mulher na casa dos quarenta anos que, como a maioria das mulheres, divide-se entre cuidar da família e da carreira. A plateia acompanha sob a ótica de Laura o atendimento de quatro pacientes - Sr. B, um jovem de trinta e poucos anos que tem a organização e a metodologia como seu lema de vida, a Sra. C, uma mulher que foi trocada por uma mais jovem e em vez de sentir tristeza sente alegria e fica culpada por isso, o Sr. D, um homem que acredita ser Deus e, por fim, Alice, uma senhorinha doce que nunca conseguiu falar o que realmente sente e se propõe a mudar com 78 anos.

Durante as sessões de terapia, é possível acompanhar a vida pessoal de Laura, seus problemas e resoluções que esbarram em seus atendimentos. “O espetáculo fala sobre mudar, a possibilidade de se transformar na vida, com terapia ou sem”, comenta o diretor Pedro Garrafa.

“Oscilando entre um stand-up e uma linha dramatúrgica, o espetáculo traz essa terapeuta para perto da plateia, fazendo com que eles se identifiquem com ela e com os pacientes... afinal, somos todos humanos, ansiamos por mudanças e um ótimo jeito de começar a mudar é rir de si mesmo”, finaliza Flávia.

Temporada de 7 de maio a 25 de junho de 2015
Quintas, às 20h | dia 4 de junho: sessão às 16h. R$ 60 | 70 min | 12 anos
Teatro Livraria da Vila – JK Iguatemi Av. Juscelino Kubitschek, 2041 - Lotação: 125 lugares

"Simbad, o Navegante"

Exibindo 0246_PauloBarbuto_20141030_WEB.jpgSesc Pompeia

Rodrigo Matheus e seu Circo Mínimo estreiam
espetáculo com direção de Carla Candiotto

Palhaços e estruturas de bambu recriam a lenda do marinheiro Simbad.Concebida para meninos e meninas aventureiros, a nova peça do Circo Mínimoincentiva a imaginação dos pequenos ao usar peças de bambu para representar feras, objetos e personagens. À frente do palco, dois palhaços disputam espaço para contar uma das histórias mais conhecidas da obra Mil e Uma Noites. A temporada começa no dia 28 de fevereiro.

Tal qual a rainha Sherazade, que contou belíssimas histórias para o rei Xariar durante mil e uma noites, dois palhaços contadores de histórias compartilham com o público as aventuras do marujo Simbad, aventureiro que desbravou os mares em busca de riquezas e desafios. A lenda, que já teve adaptações para o teatro, cinema (em formato de animação e live-action) e quadrinhos, ganha montagem do Circo Mínimo, grupo que caminha para os 27 anos de atuação e já se apresentou na Espanha, Inglaterra, Escócia, Alemanha, Colômbia, México e Argentina, além de diversos Estados brasileiros. Simbad, o Navegante, seu 17º espetáculo, estreia no Teatro Sesc Pompeia,  dia 28 de fevereirosábado,meio-dia, e cumpre temporada até dia 21 de abril, terça, feriado de Tiradentes, quando fará sessão extra.


Exibindo 0111_PauloBarbuto_20141030_WEB.jpgEm cena, estão o ator fundador do Circo Mínimo, Rodrigo Matheus (que também assina a dramaturgia da peça) e Ronaldo Aguiar – palhaço, bailarino e acrobata aéreo convidado. Quem assina a montagem é a premiada Carla Candiotto (APCA de melhor direção pelos espetáculos Histórias por Telefonecom Cia Delas, A Volta ao mundo em 80 Dias, além de indicações e Prêmio Femsa), responsável pela encenação de espetáculos também para Pia Fraus e Linhas Aéreas, entre outros, além de ser cofundadora da Cia Le Plat du Jour.

Para adaptar a famosa história do marujo Simbad, foi utilizada a versão de Mamede Mustafa Jarouche, pesquisador, tradutor e professor universitário da USP, que fez a primeira tradução direta do clássico árabe Mil e Uma Noites para o português. Em sua recriação, o Circo Mínimo manteve o arquétipo peculiar de Simbad. “Ele tem uma paixão pelo desconhecido e não consegue ficar quieto. Simbad está em um lugar e, quando o dinheiro acaba ou quando está entediado, já vai para outro”, conta Rodrigo.

Nos contos originais, Simbad é dividido por duas facetas que representam a dualidade do ser humano. Nesta adaptação, os dois personagens são palhaços contadores de histórias que pretendem encenar as aventuras vividas por ele. O personagem de Rodrigo Matheus é o tipo mais inteligente e astuto, sempre disposto a ludibriar a sua dupla. Ele quer interpretar Simbad o tempo inteiro e engana o parceiro para que ele nunca tenha a oportunidade de assumir esse papel. Assim, o palhaço feito por Ronaldo Aguiar fica com a representação das bestas, selvagens e da esposa do marujo, mesmo sempre sonhando em ser o herói, motivação que o move durante o espetáculo.

A diretora Carla Candiotto destaca a facilidade em trabalhar com dois artistas que disponibilizaram desde o início as habilidades circenses e cênicas de seus corpos à criação do espetáculo, que teve três meses de ensaios intensivos antes de ser concluído. “O trabalho principal foi equalizar os tipos de atuação dos dois. Rodrigo tem um perfil mais intenso e aventureiro, já o Ronaldo é mais estourado e histriônico. O que priorizamos é a relação forte que há entre eles. Por mais que o personagem do Rodrigo se sobreponha em alguns momentos ao do Ronaldo, centramos o tempo inteiro que um não existe sem o outro.”

Exibindo 0231_PauloBarbuto_20141030_WEB.jpgAlém da presença cênica dos atores, o cenário chama a atenção pelos bambus. Há uma estrutura piramidal com 4m de altura baseada nas criações de Marcelo Rio Branco, que desde 1999 preside o Sistema Integral Bambu, projeto que trabalha o seu uso desde as concepções corpóreas, como o trabalho de ergonomia e equilíbrio; as psíquicas, como a simbologia da planta; e sociais, como econômica, estética e plástica. “Conheci o trabalho do Marcelo por meio do grupo Nós no Bambu, de Brasília”, conta Rodrigo a respeito da inspiração para Simbad, o Navegante. A equipe brasiliense é caracterizada pela criação de espetáculos de danças acrobáticas sobre esculturas artesanais da planta.

A partir de uma residência de três dias que Rodrigo fez com Marcelo Rio Branco, o ator aprendeu a escolher, cortar, limpar, manusear e compreender como o bambu se comporta. Os conhecimentos adquiridos pelo artista são a base da encenação de Simbad, o Navegante. Sob a manipulação dos artistas, os bambus que repousam em uma carroça se tornam barcos, baleias, armas, pássaros e serpentes.

O desafio cenográfico da diretora foi o de mesclar a sua linguagem autoral a um cenário já concebido. Segundo ela, a simplicidade do espetáculo proporciona uma liberdade de criação grande. “O legal é que o público cria a peça. Nós somos apenas provocadores da criatividade dele. As crianças vão enlouquecer com tudo que é mostrado no palco pelos artistas”, conclui.

Estreia dia 28 de fevereiro, sábado, ao meio-diaTemporada: Sábados e domingos, meio-dia. Até 21 de abril (sessão extra no feriado de Tiradentes, dia 21 de abril, terça-feira, meio-dia).
 Local: Teatro Sesc Pompeia - Rua Clélia, 93, Pompeia. Não há estacionamento nesta unidade do Sesc. Para informações sobre outras programações, acesse o portal sescsp.org.br/pompeiaIngressos: R$ 17,00 (inteira), R$ 8,50 (credenciado*/usuário inscrito no Sesc e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$ 5,00 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes). Venda on-line a partir de 10 de fevereiro, terça-feira, às 17h30. Venda presencial nas unidades do Sesc SP a partir de 11 de fevereiro, quarta-feira, 17h30. Duração: 60 minutos. Recomendação etária: Acima de 5 anos; classificação: livre.

Zezé Motta em show "Negra Melodia"


O espetáculo Negra Melodia,formado, entre outras, por composições de Jards Macalé e Luiz Melodia, comemora o Dia Internacional da Mulher.

CAIXA Cultural São Paulo apresenta Zezé Motta nos dias 6, 7 e 8 de março, de sexta a dominho (às 19h15), com o show Negra Melodia, nome de seu mais recente CD, no qual faz um mergulho na obra de Luiz Melodia e Jards Macalé. O espetáculo (grátis) é patrocinado pela Caixa Econômica Federal. Os ingressos devem ser retirados a partir da 12 horas no dia de cada show.

Acompanhada pelos violonistas Pedro Braga e Zeppa Souza, o repertório mescla obras primas de Luiz Melodia (“Magrelinha”, “Fadas” e “Estácio, Holly Estácio”) e Jards Macalé (“Negra Melodia”, “Pano Pra Manga” e “Soluços”) com algumas músicas que marcaram a carreira da intérprete, como “Senhora Liberdade” (Wilson Moreira e Ney Lopes), “Muito Prazer Zezé” (Rita Lee e Roberto de Carvalho) e “Rita Baiana” (John Neschling e Geraldo Carneiro).

Outras canções completam o roteiro, entre elas: “O Sangue Não Nega” (Luis Melodia e Ricardo Augusto), “Anjo Exterminado” (Jards Macalé e Waly Salomão), “Começar pelo Recomeço” (L. Melodia e Torquato Neto), “Decisão” (L. Melodia e Sergio Mello), “Mal Secreto” (J. Macalé e Waly Salomão), “The Archaic Lonely Star Blues” (J. Macalé e Duda), “Vale Quanto Pesa” (L. Melodia) e “Divina Criatura” (L. Melodia e Papa Kid).

Zezé Motta é atriz de talento inquestionável, considerada por muitos como a rainha negra do Brasil. Seu ofício a levou aos grandes palcos, com inúmeras montagens teatrais e musicais, e aos melhores filmes (foram mais de 40 desde o antológico Xica da Silva, de Carlos Diegues, em 1976, que a projetou internacionalmente).  Ela fez história também na televisão, onde atuou em dezenas de novela e programas especiais. Atualmente está no ar em Boogie Oogie, novela da Rede Globo, vivendo Sebastiana, uma doméstica que ostenta o talento de saber cantar.

Zezé mudou-se com a família para o Rio de Janeiro quando tinha dois anos. Começou a carreira de atriz em 1967, estrelando a peça Roda-viva, de Chico Buarque. Em 1969, atuou em FígaroArena Canta Zumbi e A vida Escrachada de Joana Martini e Baby Stompanato. Em 1972, participou de Orfeu Negro e, em 1974, atuou em Godspell. A carreira de cantora teve inicio, em 1971, em casas noturnas paulistas. Entre 1975 e 1979, ela lançou três LPs, seguidos por outros três, na década de 80. Os mais recentes são: Chave dos Segredos (1995),Divina Saudade (2000) e Negra Melodia (2011). Outros nove compactos integram sua discografia.

Nesse primeiro momento da carreira, compositores do porte de Rita Lee e Moraes Moreira lhe cederam canções inéditas para gravar. Com sua voz forte e interpretação peculiar, Zezé imortalizou os clássicos “Trocando em Miúdos”, de Chico Buarque e Francis Hime, e “Pecado Original”, de Caetano Veloso, entre vários outros. E nesse momento também surgiu Luiz Melodia em sua vida musical, uma parceria que se mantém vibrante até hoje. Alguns anos mais tarde, Zezé lançou uma canção de Jards Macalé e Duda, chamada “Sem Essa”, que se tornou um marco em sua discografia.

Zezé Motta explica que os motivos para gravar o disco Negra Melodia, e mostrar esse show pelo Brasil, existem há muito tempo. “São canções de amor e fé, de guerra e paz, porque Melodia e Macalé são dois compositores dotados de personalidade ímpar”.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

"Adorável Garoto"

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Foto Divulgação
Com Isabel Cavalcanti, Leonardo Franco, Mabel Cezar,
Michel Blois e Raquel Rocha

De Nicky Silver

Direção de Maria Maya

Estreia dia 27 de fevereiro no Teatro Nair Bello


Com direção de Maria Maya, Adorável Garoto (Beautiful Child), texto do celebrado dramaturgo norte americano Nicky Silver (também autor de Pterodátilos, Os Altruístas, Homens Gordos de Saia, Criados em Cativeiro, todas encenadas no Brasil), estreia no dia 27 de fevereiro no Teatro Nair Bello.

Nascido na Filadélfia em 1960, Nicky Silver é considerado atualmente um dos mais produtivos e talentosos escritores de Nova York, e eventualmente comparado aos dramaturgos Eugène Ionesco (1909-1994) e Edward Albee (1928) por seu “realismo absurdo”. Suas obras navegam com a mesma desenvoltura pelo drama, pela comédia e pela farsa para tratar de temas universais – famílias disfuncionais, a sexualidade em suas variadas inclinações, desagregação, solidão. Desde o início dos anos 1980, os seus textos vem dominando os teatros novaiorquinos com grande impacto e sucesso.

“Não sei se o humor é uma forma, uma arma ou um instrumento que nos leva a resolver as coisas, mas acho que é a única ferramenta que nós, como seres humanos, temos para sobreviver. Eu não sei se o humor torna as coisas melhores, mas acho que as torna mais toleráveis, suportáveis. E essa é apenas a minha natureza de ver as coisas. É uma das ferramentas que temos para levar a vida adiante.”, afirmou o autor numa entrevista concedida ao jornal O Globo em 2011.

Encenada pela primeira vez em 2004 no circuito off-Broadway, Adorável Garoto é um texto profundo e perturbador, e ao mesmo tempo repleto de situações cômicas e inusitadas. No início da ação, está mais presente o humor ferino peculiar de Silver, que extrai dos diálogos cotidianos o ridículo que habita em cada personagem. A trama mergulha em águas mais densas, expondo cada vez mais as fragilidades e o desespero dos personagens, que culminam num desfecho surpreendente. Como num quebra-cabeça, aos poucos Silver conduz o espectador a testemunhar a autópsia dos sentimentos e relações que envolvem os personagens.
  
Sinopse

Vivendo sozinho desde os tempos da faculdade, Isaac (Michel Blois), já adulto, volta à casa dos pais, Harry (Leonardo Franco) e Nan (Isabel Cavalcanti), em busca de abrigo. O rapaz encontra um lar esfacelado pela incomunicabilidade entre seus pais, e tudo se agrava quando ele expõe os motivos de sua volta, que desnorteiam os pais já em crise. O drama do filho, por vias inesperadas, acaba unindo Harry e Nan em torno de um objetivo comum: salvar e proteger o próprio filho, apesar dele ter quebrado um código moral absolutamente inquestionável. Amor, culpa, memórias e julgamento se entrelaçam nesta trama que reúne humor e drama. 

Teatro Nair Bello (200 lugares) - Shopping Frei Caneca - Rua Frei Caneca, 569 - 3° andar. - Telefone: 3472-2414.
Bilheteria: de terça a sexta, das 14h às 21h30; sábados das 14 às 21h e domingos, das 14 às 18h. Aceita todos os cartões de débito e crédito. Não aceita cheque.
Esstacionamento R$ 7 até duas horas.  Vendas: www.ingresso.com e tel.: 4003-2330.

Sexta às 21h30 | Sábado às 21h | Domingo às 18h. Ingressos: R$ 40
Duração: 80 minutos. Recomendação: 16 anos. Gênero: Tragicomédia

Peças que encerram temporada neste Fim de Semana

As Lágrimas Quentes de Amor que só meu Secador Sabe Enxugar
A atriz Paula Cohen apresente a comédia melodramática AS LÁGRIMAS QUENTES DE AMOR QUE SÓ MEU SECADOR SABE ENXUGAR dno MuBE Nova Cultural, sob direção de Pedro Granato. Os dois – Paula e Pedro - escreveram o texto ao longo de três anos. Parceiros de longa data, os dois desejam falar de uma mulher em transformação, uma atriz que busca um papel para encontrar sua própria identidade após uma desilusão amorosa. A comédia “melodramática” acompanha a viagem de volta de uma mulher após uma separação. Uma atriz em busca de uma personagem, uma pessoa a procura do amor.

Temporada: de 24 de janeiro a 1º de março. Sábados às 20h30 ; domingos às 18h
Duração: 70 minutos. Classificação indicativa: 14 anos. R$ 40.

Cinderela, o Musical 
Espetáculo reconta a clássica história da jovem órfã maltratada pela madrasta e suas duas filhas, que sonha mudar de vida e encontrar a felicidade. Dirigida por Marina Costa, a peça traz no elenco os atores/cantores Bruno Vinagre,  Elisa Telles, Emerson Grotti, Liz Nunes, Marcela Gibo, Marcos Teixeira, Natália Foschini.  Produzido pela Cia. Tonel das Artes em parceria com a Valentina Produções, o musical conta a historia da encantadora garota que serve de criada a sua madrasta e meias-irmãs. Com ajuda de seus amigos ratinhos, Jack e Tata, e de sua fada madrinha, ela vê seu sonho de felicidade se tornar realidade, conquistando o amor do seu príncipe.

Teatro Augusta: Rua Augusta, 943 - Cerqueira César, Telefone: (11) 3151-2464. Temporada: de 17 de janeiro a 1º de março. Sábados e domingos às 15h. Duração: 60 minutos, Classificação: Livre. Ingressos: R$ 60,00. Lotação: 302 lugares. O teatro aceita os cartões Mastercard, Dinners Club e Redeshop. Ingresssos no COMPRE INGRESSOS.

Pinocchio 
Clássico de Carlo Collodi ganha dramaturgia de Pamela Duncan (que também dirige a montagem) e Rogerio Favoretto. O espetáculo infantil é comemoração dos 10 anos da A PESTE – Cia. Urbana de Teatro. Essa montagem de Pinocchio, acompanha o projeto do grupo, ligado à cultura e pensamento que permeia seus espetáculos. Pinocchio não quer ir à escola, ele é influenciado por todos que encontra em seu caminho, devido à sua ingenuidade. Pinocchio narra a história de um boneco de madeira feito por Gepetto, um homem simples. A madeira é mágica e, depois de pronto, o boneco começa a se mexer e agir como um menino de carne e osso. E, como tantos meninos, Pinocchio não ouve os conselhos do Gepetto - ele prefere divertir-se em vez de ir à escola.

Pinocchio no Teatro Eva Herz - Avenida Paulista 2073. Telefone: (11) 3170-4033.
De 24 de janeiro a 1º de março – não haverá apresentações dias 14 e 15 de fevereiro.
Sábados e domingos às 15h. Valores: R$ 20 e R$ 10.


domingo, 22 de fevereiro de 2015

Ano Novo Chinês - o Ano da Cabra

Foto: Divulgação 
Comunidade chinesa convida todos para celebrar o ano da cabra

Ano Novo chinês deve reunir cerca de 200 mil pessoas transitando no bairro da Liberdade, em São Paulo, entre dos dias 21 e 22 de fevereiro.
Comemoração é uma das maiores do mundo fora da China

Considerada a cerimônia mais importante do calendário chinês, o Ano Novo é uma celebração tradicionalmente familiar, dedicada ao agradecimento à terra, aos céus, aos deuses do lar e aos ancestrais da família.

No Brasil, o Ano Novo Chinês é comemorado há dois séculos, desde que os primeiros imigrantes desembarcaram no Rio de Janeiro com auxílio da coroa portuguesa para introduzir a cultura do chá na agricultura nacional.

Diferente do tradicional branco, usado para simbolizar a paz na virada do ano em nossa cultura, a cor predominante da celebração chinesa é o vermelho, usado para espantar os maus espíritos, trazer prosperidade e boa sorte.

Comemorado oficialmente há uma década em São Paulo, onde se localiza a maior colônia chinesa do País, o evento público já é considerado o maior do gênero fora da China e ocorrerá nos dias 21 e 22 de fevereiro.

A expectativa é de que, em 2015, o evento reúna cerca de 200 mil pessoas transitando durante dos dois dias de festividades que ocorrerão no bairro da Liberdade, 40 mil a mais em relação ao ano anterior.

Para celebrar o ano da cabra, a comunidade chinesa trará uma série de apresentações durante os dois dias de festividades. Entre elas, estão o tradicional desfile do dragão e do leão, para espantar os maus espíritos e trazer boas energias para o ano que começa, um culto ecumênico, com as principais lideranças das religiões chinesas no Brasil e a tradicional cerimônia da prosperidade e fogos de artifício.

Outras atrações como pintura chinesa, show de troca de máscaras Bian Lian, dança do leque, apresentação de corais infantil e adulto budista, danças com senhoras chinesas em trajes típicos, pop chinês, feng shui, Tai Chi Chuan, Qi Gong e artes marciais também farão parte da festividade.

As comemorações ocorrerão em uma área de 800 metros quadrados e contará com o apoio de 200 voluntários, Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana e seguranças particulares contratados pela organização do evento, que tem idealização e realização da JCI BRASIL CHINA e 21 TOMATES FRITOS.

Gastronomia e cultura
A gastronomia chinesa é outro grande destaque da festividade. Ao todo, serão 18 barracas que comercializarão pratos típicos, como os tradicionais yakisoba, Jiǎozi (guioza), rolinho primavera e a pamonha chinesa. Os preços variam entre R$15 e R$20.

No dia da virada de ano, quem estiver na festa poderá saborear o Jiǎozi (bolinho recheado com carne e/ou vegetais e envolto por uma fina massa de farinha), cujo formato é similar às moedas chinesas da época imperial, simbolizando fortuna para o novo ano.

Máquina de Venda Reversa
Sempre visando à sustentabilidade, a organização fixará, em caráter de exposição, uma máquina de coleta seletiva de latas de alumínio e PETs na Praça da Liberdade. A máquina, denominada de máquina de venda reversa, tem a tecnologia de reconhecer se o produto é uma lata ou PET, e reverterá ao usuário um cupom que poderá ser usado como desconto em uma das barracas de souvenires ou bebidas da organização.

Serviço
Evento: Ano Novo Chinês - Ano da Cabra
Data: 21 e 22 de fevereiro
Horário: 21/02 (sábado) das  12h às 20h / 22/01 (domingo) das 11h às 18h
Local: Praça da Liberdade - São Paulo

Saiba mais  - Gastronomia Made In China

Você sabia que o Yakisoba, o Rolinho Primavera e o Guioza, pratos que ficaram famosos em restaurantes japoneses, na verdade têm origem chinesa?  Inimaginável também é pensar que o macarrão da nona não é bem da nona, porque o macarrão não é italiano, mas sim chinês. Por isso na China, um alimento indispensável nos aniversários é o macarrão já que os chineses acreditam que a forma fina e comprida da comida é um símbolo da longa vida.

A China é detentora de uma das mais exóticas, saborosas e conhecidas culinárias do mundo. Tanto é que em qualquer metrópole que você vá viajar, pode ter certeza que irá encontrar um restaurante chinês, mesmo que seja no estilo fast-food.

A culinária chinesa é sinestésica, pois além de aguçar o paladar, desperta o olfato, estimula a visão e mexe com o tato. Baseada na tradição milenar do Yin e Yang (pólos opostos que se complementam), os pratos chineses têm como característica o contraste de sabores, aromas, cores e textura, todos com a mesma importância. Por isso, em uma mesma refeição é possível encontrar a mistura de pratos quentes e frios, doces e salgados, crocantes e macios e picantes e agridoces. Afinal, para os chineses o equilíbrio dos elementos garante uma boa refeição e é responsável por uma vida saudável.

Além da presença do Yin e Yang, a comida chinesa também é feita a partir do conceito dos cinco campos de energia pelos quais o povo chinês acredita que estamos cercados: água, terra, fogo, madeira e metal. Esses elementos são traduzidos na alimentação dos chineses através de cinco tipos de sabores: azedo (madeira), amargo (fogo), picante (metal), doce (terra) e salgado (água).

Ficou com água na boca? Para degustar a gastronomia chinesa, basta visitar a 10ª Edição do "Ano Novo Chinês", que acontecerá nos dias 21 e 22 de fevereiro na tradicional Liberdade, bairro oriental da cidade de São Paulo (SP), utilizando uma grande área, que engloba a Praça da Liberdade, onde é instalado o Palco Principal e as ruas adjacentes, nas quais ficam os estandes temáticos.

No evento, que é gratuito, os visitantes poderão escolher entre os 18 bazaristas que estarão presentes para saborear pratos delícias da culinária chinesa a preços promocionais de R$ 15 a R$20.

Como se faz na China, a comida será acompanhada de música e muita dança. O público poderá prestigiar as danças do Dragão, do Leão e do Leque. Além disso, haverá show de troca de máscaras chinesas Bian Lian, apresentação de coral infantil e adulto budista, desfile de roupas típicas e releituras de canções do pop chinês feita por brasileiros. Outras atrações como Feng Shui, Tai Chi Chuan, Qi Gong e Artes Marciais também estarão presentes. As crianças poderão se divertir no Espaço Família e ainda terão a possibilidade de aprender a fazer o nó e o origami chinês. Barracas de souvenirs como chapéus chineses, canecas, camisetas e bichos de pelúcia farão parte do evento.

A expectativa de público para a comemoração é de 200 mil pessoas circulando, distribuídas durante os dois dias de realização do evento, que tem idealização e realização da JCI BRASIL CHINA e 21 TOMATES FRITOS.

"Sala­ma­le­que"

salamaleque
Foi con­tem­plada pela pri­meira edi­ção do Prê­mio Zé Renato de Tea­tro, ins­ti­tuído pela Lei nº 15.951/2014 (nova moda­li­dade de apoio ao desen­vol­vi­mento tea­tral), a peça — que foi apre­sen­tada no Fes­ti­val Inter­na­ci­o­nal de Tan­ger, no Mar­ro­cos, em outu­bro de 2014 e tem con­vite para ir para Mar­ra­kech e Egito em 2015 — foi esco­lhida ao lado de outras 23 de um total de 318 ins­cri­tas e é a pri­meira a estrear.
Com texto de Ale­jan­dra Sam­paio (do Núcleo de Dra­ma­tur­gia do Capo­bi­anco) e Kiko Mar­ques (Prê­mios Shell, APCA, Aplauso Bra­sil e Qua­li­dade Bra­sil pela ence­na­ção de 2013); dire­ção de Denise Wein­berg e Kiko Mar­ques; e dire­ção de pro­du­ção de Fer­nanda Capo­bi­anco (ges­tora do ICC), Sala­ma­le­que res­gata as car­tas de amor tro­ca­das entre dois imi­gran­tes (que tive­ram suas vidas cru­za­das após a che­gada ao Bra­sil) e difunde a cul­tura árabe. 
A cozi­nha é o cená­rio onde a atriz pre­para os pra­tos enquanto fala o texto. O público é con­vi­dado a sentar-se à mesa e com­par­ti­lhar das mui­tas his­tó­rias de vida tra­zi­das junto com aro­mas, cores e tem­pe­ros das espe­ci­a­rias da culi­ná­ria árabe. No final do espe­tá­culo, os qui­tu­tes são ser­vi­dos para a plateia.
 tem con­sul­to­ria gas­tronô­mica de Gra­zi­ela Scorvo Tava­res; ceno­gra­fia e figu­ri­nos de Chris Aiz­ner; ilu­mi­na­ção de Gui­lherme Bon­fanti; e tri­lha sonora ins­tru­men­tal ori­gi­nal de Sami Bor­do­kan. Em par­ce­ria com o irmão Wil­liam Bor­do­kan, ele con­ce­beu músi­cas ins­pi­ra­das nas can­ções do fol­clore sírio-libanês do começo do século XX, com alaúde, der­baki e nai (per­cus­são e flauta árabes, respectivamente).
A dire­tora Denise Wein­berg res­salta que o espe­tá­culo revela his­tó­rias do Ori­ente a par­tir da memó­ria da famí­lia Arbex. “O resul­tado da ence­na­ção é sin­gu­lar e sen­so­rial: a pla­teia rodeia a mesa onde se passa a ação, que é con­du­zida pela tri­lha ori­gi­nal; assiste a tudo enquanto sente aro­mas e sabo­res da culi­ná­ria síria”.
A ambi­en­ta­ção da peça é uma cozi­nha de um gal­pão aban­do­nado na Rua Flo­rên­cio de Abreu, na região da Rua 25 de Março, em São Paulo. O dire­tor e autor Kiko Mar­ques conta que Valé­ria pre­ten­dia tor­nar o palco um lugar de comu­nhão e ofe­renda. Ficou deci­dido, então, que a peça seria um encon­tro. “Encon­tro com os fan­tas­mas do pas­sado dessa des­cen­dente de imi­gran­tes sírios. Meu com Denise na dire­ção e com Ale­jan­dra Sam­paio na cri­a­ção do texto. Um encon­tro (de chei­ros e gos­tos) com o público nessa noite de cele­bra­ção”, fala Kiko, que amar­rou a dra­ma­tur­gia base­ada em his­tó­rias reais com fic­ção. O texto parte da memó­ria da atriz, que ganhou de pre­sente de sua mãe as car­tas tro­ca­das por seus avós. O casa­mento entre eles, que não se conhe­ciam pes­so­al­mente, foi arran­jado pelas famí­lias, o cha­mado “acordo de bigodes”.
A atriz não que­ria que as 68 car­tas de amor tro­ca­das entre seus avós Nadine e Nico­lau ama­re­las­sem na gaveta. Assim, depois da morte da avó, ela come­çou a pes­quisa que a leva­ria a conhe­cer, ainda, imi­gran­tes sírios, liba­ne­ses e pales­ti­nos. “Sala­ma­le­que é uma col­cha de reta­lhos de his­tó­rias que ouvi, da memó­ria de minha famí­lia, da pes­quisa gas­tronô­mica e his­tó­rica que fiz”, conta. “É uma reve­rên­cia aos imi­gran­tes, é um cami­nho de volta à minha ori­gem, um reencontro.”
O nome da peça vem da expres­são árabe “as-salaamu alei­kum” (“que a paz esteja con­tigo”); pronuncia-se “assa­la­amu aleik”, sau­da­ção ver­bal feita enquanto curva-se o tronco e toca-se a testa com a mão direita.
Ao colo­car uma lente de aumento na imi­gra­ção no Bra­sil, o solo revela a memó­ria de uma época pelo prisma árabe. De forma ritu­a­lís­tica e poé­tica, ilu­mina aspec­tos rele­van­tes desta cul­tura e pro­cura des­mis­ti­fi­car a ima­gem oci­den­tal cri­ada sobre ela. “A ence­na­ção passa ao público men­sa­gens de aco­lhi­mento e tole­rân­cia com o dife­rente”, diz a dra­ma­turga Ale­jan­dra Sampaio.

Instituto Cultural Capobianco - Teatro da Memória

R. Álvaro de Carvalho, 97 - Centro - Centro. Telefone: 3237-1187.
Não tem área para fumantes. Aceita cheques. Não aceita reservas. Tem ar-condicionado. Grátis. Proibido fumar. Tem local para comer. Tem conexão wi-fi. 40 lugares.

Sábados e Domingos Às 16h. (chegue uma e 1/2 hora para garantir seu ingresso). Até 26/4. Gratuito! #FuieVou 

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

" A Hora e Vez"

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"A Geladeira "

Foto: Divulgação
Prorroga temporadano Espaço Parlapatões


O monólogo dirigido pelo premiado diretor e ator Nelson Baskerville volta em cartaz. O texto escrito pelo franco argentino Copi é interpretado pelo ator Fernando Fecchio.

Um homem acorda na manhã de seu 50º aniversário e encontra uma geladeira no meio da sala. A partir dela “L” vê saltar de seu passado figuras como a mãe, a empregada, a psicanalista, seu cão e até um rato que mora em seu armário. Todos representados por um único ator nesta peça non sense do argentino Copi (pseudônimo de Raúl Damonte Botana, 1939-1987) em que a existência humana se recusa a se fixar em um único lugar e em que os papéis sociais, a sexualidade e a subjetividade aparecem em pleno trânsito.

Nelson Baskerville foi especialmente convidado pelo Centro Cultural São Paulo para dirigir a peça para estreia no Festival Mix Brasil, que vem nos últimos anos ganhando cada vez mais força trazendo a cena espetáculos que discutam temas relacionados ao segmento LGBT e de interesse amplo à sociedade. O diretor, cuja carreira vem sido reconhecida e consolidada pelo seu olhar para extremos sociais e de comportamento, ficou impactado com o texto de Copi e entendeu sua potência e urgência em tempos de tamanha intolerância gerada pela homofobia.

Desde o sucesso do documentário cênico “Luis Antonio-Gabriela” (2011), seu nome vem sendo associado a projetos de cunho biográfico e político e assim a confluência e interlocução com a obra do autor franco argentino não poderia ser maior. Copi escreveu, dirigiu e atuou em muitas de suas peças e todas são impregnadas por relatos, histórias, personagens e situações vividas por ele, sua família e amigos. Sua obra se caracteriza pelo viés surrealista, o humor e uma grande violência transgressora, além da crítica brutal à sociedade contemporânea. Seus personagens têm como traço fundamental certo exagero, típico da caricatura, sendo este um importante artifício usado por Copi para vislumbrar a realidade de forma aumentada, em todos os seus contornos.

Espaço Parlapatões.  Praça Franklin Roosevelt, 158 - Consolação, SP (11) 3258-4449Temporada: De 17 de janeiro a 29 de março – Não haverá sessões dias 21 e 22 de março. Sábados às 22h00 e Domingos às 21h00. Ingresso: R$ 40,00.Duração: 50 minutos . Classificação Indicativa: 14 anos. 
Horário de Funcionamento da bilheteria:terça a quintadas 16h às 21h.Sexta e Sábado das 16h à meia-noite. Domingo das 16h às 20h Tel.: (11) 3258 4449. Vendas online: Ingresso Rápido www.ingressorapido.com.br

"Consertando Frank"

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Fotos de Heloísa Bortz 
Eestreia dia 7 de março no MuBE Nova Cultural


Espetáculo conta a história de um repórter que, persuadido por um psicólogo, disfarça-se de paciente para conseguir uma matéria jornalística que denuncia um psicoterapeuta que desenvolveu um método de reversão da homossexualidade



Texto inédito no Brasil do autor norte-americano Ken Hanes,Consertando Frank ganha tradução e direção de Marco Antônio Pâmio. O espetáculo estreia dia 7 de março no Teatro MuBE Nova Cultural para temporada até 26 de abril. No elenco Chico Carvalho,Henrique Schafer e Rubens Caribé. Iluminação de Fran Barros, trilha sonora de Ricardo Severo, figurino de Naum Alves de Souza e cenário de Chris Aizner completam a equipe criativa de peso.

Marco Antônio Pâmio teve seu primeiro contato com o texto em novembro de 2001, durante o Festival Mix Brasil. “Assisti a uma das três exibições da adaptação para cinema da peça, sem saber do que tratava a história. Fiquei impressionado com a força do texto e abordei o diretor do filme, que estava na plateia, pois na época estava à procura de um novo projeto para fazer como ator. Ele me deu o contato do autor Ken Hanes, que prontamente me enviou o texto original.”

O processo de tradução começou em 2002 e terminou em 2003, mas não foi adiante na época porque “o tema-motor da história soava bizarro, quase surrealista: a existência de profissionais que se diziam capazes de fazer reverter a sexualidade humana”, conta Pâmio. Mas depois de 10 anos, esse assunto - surpreendentemente – voltou à tona.

“Foi quando dirigi uma leitura dele no ‘Letras em Cena’ em 2013, no auge de toda a polêmica envolvendo o pastor Marco Feliciano e outros que compartilham de suas ideias. Aquilo que soava ficção científica dez anos antes estava sendo cogitado como possibilidade real, em termos de projeto de lei. Bom para trazer o texto de novo à tona; triste por constatarmos que os tempos retrocederam no que se refere a esse assunto”, conta Pâmio.

Personagens
Dr. ARTHUR APSEY é um psicólogo conhecido por um método terapêutico de reversão da homossexualidade. Com seu poder de argumentação, acaba seduzindo Frank e colocando suas convicções em cheque.

FRANK JOHNSTON é um repórter free lancer, companheiro de Jonathan. Persuadido por ele, disfarça-se como paciente do Dr.Apsey para destruir sua reputação e, assim, conseguir a matéria jornalística de sua vida. Na corda bamba entre o papel de repórter e o de paciente, ele se torna objeto da manipulação dos dois terapeutas.

JONATHAN BALDWIN é psicólogo e companheiro de Frank. Ex-homofóbico, acabou se tornando um ativista gay e recebe vários pacientes que antes passaram pelo processo terapêutico do Dr. Apsey.

Sinopse

A peça conta a história do repórter 'free lancer' FRANK JOHNSTON, que, persuadido pelo psicólogo e ativista gay JONATHAN BALDWIN, com quem mantém uma relação amorosa, disfarça-se como paciente para conseguir a matéria jornalística de sua vida: destruir a reputação do DR. ARTHUR APSEY, psicoterapeuta que desenvolveu um método de reversão da homossexualidade. Entretanto, o plano começa a dar errado quando o poder de persuasão e argumentação do Dr. Apsey acaba seduzindo Frank e colocando suas convicções em cheque. Ao descobrir a verdadeira intenção das visitas do jornalista ao seu consultório, Apsey propõe a ele passar pelo mesmo processo de “cura”, a fim de dar mais veracidade à sua reportagem. Na medida em que Frank caminha na corda bamba entre o papel de repórter e o de paciente, ele mesmo torna-se objeto da manipulação dos dois terapeutas à sua volta.

MuBE Nova Cultural - Av Europa, com R Alemanha. 
De 7 de março a 26 de abril. Sexta às 21h30, sábado às 21h30 e domingo às 18h.
R$ 20 até 22 de março; R$ 30 a partir de 27 de março.
75 minutos. 14 anos.