Rain Man é uma peça sobre o amor que, num momento especial,
nasce entre dois irmãos. Um relacionamento carregado de emoção,
dores, alegrias e, principalmente, de afeto.
De Dan Gordon, com Direção
José Wilker.
No elenco: Marcelo Serrado, Fernanda
Paes Leme, Rafael Infante, Roberto Lobo, Jaime
Leibovitch e Sara Freitas
O filme de Barry
Morrow “Rain Man”, sucesso estrelado por Dustin Hoffman e Tom Cruise, vencedor de quatro
categorias no Oscar 1989, marcou toda uma geração dos
anos 80 com suas nuances de amor familiar, com situações inusitadas, provocando
diversas reações na plateia.
Durante
a coletiva, questionado José Wilker informa que a ideliazação deste
espetáculo se deu pelo gosto pelo texto, e foi atrás para viabilizar o
projeto, como quase sempre acontece na produção teatral. E ainda na
formação do elenco que demandou tempo na sua concepção, pois nem sempre
tem a disponibilidade dos atores. Já tinha trabalhado com Marcelo
Serrado e a gente foi se escolhendo. Vi o Rafael no "Porta dos Fundos" e
outros 10 atores. "É importante ter uma boa coxia, nas relações de
trabalho e amizade"
“É uma peça que,
embora tenha uma personagem que sofre de uma determinada síndrome, fala
principalmente de afetos. Ou dos caminhos tortuosos que o afeto percorre até se
realizar como tal”, define Wilker em sua primeira direção de uma adaptação
teatral do cinema. “Já tinha feito o
caminho inverso, quando dirigi duas peças que depois se tornaram filmes”,
completa referindo-se às montagens de “A Morte e a Donzela”, de Ariel
Dorfman, e “Mephisto”,
de Klaus Mann.
No
entanto, ele sugere que o público vá ver o espetáculo sem a ideia de
comparativos, visto que não e´uma cópia fiel do filme. Não no Brasil e
nem nos outros países onde está sendo montada - Alemanha, Itália,
Argentina, Inglaterra, Holanda, cada um com suas adaptações conforme a
realidade local e interesses da produção. Ele mesmo não reviu o filme.
Dedicou-se a entender o texto e trabalhar com ele.
Um
fato que chamou a atenção foi que Jose Wilker expôs "cresci ouvindo
sua mãe contando história, que a me abriram para a uma realidade
fantástica".
A estreia do espetáculo coincide com a comemoração ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo,
celebrado na próxima terça-feira (2/4). O diretor enfatiza que além de
falar de Autismo, a peça versará principalmente de afetos. Haverá uma
visão de opostos estereotipado do personagem que foi baseado em fato
real.
A
equipe esteve em contato com pessoas e intituição como a APAE que deram
uma visão de gestual - a maneira de sentar, de agir, de sentimentos
para a montagem do personagem. Segundo Marcelo Serrado, foi um desafio
buscar muitos caminhos. "A gente sempre procura algo que já conhece, mas
parte-se do quadro branco, de maneira abstrata. O Trabalho do ator é um
trabalho solitário" relacionando à construção do personagem. ""Há um
jogo Cênico com Rafael, somos opostos que casa muito... é o meu
caminho".
Fazer
teatro é um desafio, a cruzar barreiras. Agradece as empresas que
patrocinam teatro, por ele mesmo , não apenas para projetar suas marcas.
Wilker
atesta: "O nosso trabalho faz com que o público goste ou nos odeia, o que
significa que o trabalho está bem feito. E que durante uma hora e meia as
pessoas levem pra casa a memória de alegria e as emoções.
No caso de Rain
Man, a essência da historia original é mantida e a complexa relação
dos personagens é percebida integralmente através dos diálogos e situações
surpreendentes da história.
A
trama se passa em 19 espaços em entorno da cidade de Los Angeles, como
aeroporto, cassino, casa em Cincinati e a trasnformação se dá pela ação
dos atores e o gestual característico.
Charlie Babbitt (Rafael
Infante) é um egocêntrico vendedor de automóveis de Los Angeles
que está em guerra com sua própria vida. Os relacionamentos não são o forte de
Charlie e o amor é completamente estranho a sua experiência.
Insensível, Charlie só espera a herança após a morte de
seu pai doente e internado. Mas acaba descobrindo que o beneficiado pela
fortuna inteira de seu pai é Raymond (Marcelo
Serrado), o irmão mais velho.
Charlie nunca teve uma lembrança concreta de sua
existência. Decide então procurar o médico e o irmão internado para tentar
salvar sua parte da herança.
Na realidade, Raymond é um autista que viveu escondido em uma
instituição a maior parte de sua vida. Raymod é disfuncional em muitos
sentidos, mas como Charlie descobrirá - também é dotado de uma espécie de
talento extraordinário com tiradas de gênio que faz Charlie se
aproveitar disso para tentar salvar seu negócio.
Charlie "sequestra" Raymond tentando de alguma
forma estabelecer uma forma de colocar a mão na fortuna e acaba criando uma
relação complexa com o irmão.
Os dois embarcam em uma viagem passando por Las Vegas onde
Raymond exerce seu talento com os números e favorece Charlie com ganhos no
jogo. A namorada (Fernanda Paes Leme)
de Charlie se junta ao grupo e acaba se ligando afetivamente a Raymond. Essa
viagem acaba mostrando a Raymond um mundo além das portas do hospital e a
Charlie o significado do amor incondicional que surpreende seu espírito prático
e insensível.
Para ele, o seu agora irmão mais velho habitava suas
lembranças fantasiosas de criança apenas como Ray Man, seu amigo imaginário.
Como eles superaram a desconfiança mutua, uma profunda
ligação nasce com essas lembranças dolorosas do passado, problemas do presente,
com a inevitável doença do irmão, e um possível futuro gratificante pela
frente.
Marcelo Romoff, do Projeto Cultural Vivo Encena, afirma que a Vivo,
é uma empresa que leva informação, cultura
e aperfeiçoamento profissional onde tenha efervecência cultural.
Envolve-se com a acessibilidade cultural, formação de plateia e
intercâmbio dos profissionais com jovens que queiram entrar na área.
SOBRE O PROJETO CULTURAL VIVO ENCENA
Para a Vivo o teatro é pensado além dos espetáculos, sendo estabelecida uma rede
de ações com diversidade, empreendedorismo e criatividade, compartilhando
histórias inspiradoras, conceitos inovadores e ideias transformadoras no âmbito
da cultura,
com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento do país e da sociedade como
um todo.
O Vivo EnCena é realizado há três anos e está presente em 19
estados de todo o país, além de realizar ações próprias e a curadoria do Teatro
Vivo, situado na capital paulista.
Estreia dia 05 de abril no Teatro Vivo - 290 lugares.
Avenida Chucri Zaidan, 860 - Morumbi
Bilheteria: de terça a quinta, das 14h às 20h. De sexta a domingo, a partir das 14h.
Sexta às 21h30 | Sábado às 21h | Domingo às 18h. Ingressos: Sexta e Domingo R$ 50 | Sábado R$ 70
Duração: 100 minutos.Recomendação: 14 anos
#FUI!