terça-feira, 1 de setembro de 2015

“Corpos Frágeis” - Cia Fragmento de Dança

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Fotos: divulgação
Cia Fragmento de Dança coloca em cena
a potência sensível de “Corpos Frágeis”
Revisitado, trabalho de 2010 sintetiza questões e traz em seu bojo uma relevante discussão sobre gênero, em linha com as inquietações existenciais da sociedade atual.

Questões relacionadas ao universo feminino, às discussões de gênero e aos paradoxos que constituem a existência humana são os dispositivos que acionam o espetáculo apresentado de 4 a 27 de setembro, em sessões de sexta a domingo, no Kasulo Espaço de Cultura e Arte.
Recriado, o trabalho, de 2010, teve como ponto de partida o livro “Corpos Frágeis, Mulheres Poderosas”, das autoras argentinas Maria Martoccia e Javiera Gutierrez, que retrata a vida e obra de nove talentosas mulheres – entre elas Frida Khalo, Virginia Wolf e Billie Holiday - que buscaram, da fragilidade de seus próprios corpos, uma força incomum para superarem suas existências tortuosas e deixar, cada uma a seu modo, uma obra transcendente.
Exibindo CORPOS FRÁGEIS-Fragmentso de Dança-foto Léo Lin 1.jpg
Para além da inegável importância que a obra dessas mulheres trouxe para a humanidade, o que moveu a companhia para revisitar a peça foram as questões em comum que suscitaram de suas experiências. “O trabalho artístico não busca elevá-las, destacando uma ou outra perante o mundo, como mártires de dor. Interessa-nos a reflexão que provocam sobre as contradições em que está imersa a nossa própria existência; suas vidas e obras estão diluídas no trabalho, sem referenciá-las como personagens”, observa Vanessa Macedo, diretora da companhia paulistana fundada há 12 anos.
O elenco formado por  Chico Rosa, Daniela Moraes, Maitê Molnar, Rafael Edgar, Rafael Sertori, a própria Vanessa Macedo, além  de três novos integrantes da companhia, que se revezam durante a temporada – Diego Hazan, Flávia Tiemi e Iolanda Sinatra -, se apropria do pulsar desses corpos abstratos, que se mostraram, a um só tempo,  protagonistas e antagonistas da realidade, e colocam em cena a fragilidade do feminino enquanto potência sensível.
A ambientação sonora composta por Gustavo Domingues e os tons sépia da luz de Sandro Borelli, da cenografia de Nani Brisque e do figurino em versão atual de Daíse Neves (o original, também assinado por Nani Brisque), compõem com a atmosfera intimista e a densa e delicada dramaturgia do corpo.
Corpos Frágeis mantém-se atual e, mais do que nunca, oportuno ao motivar uma discussão de gênero, preconceito e intolerância como tabus que persistem em pleno século XXI.
A temporada no Kasulo integra projeto contemplado pela 16ª edição do Programa de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo.
Kasulo Espaço de Cultura e Arte (Rua Sousa Lima, 300 - Barra Funda – São Paulo- tel: 11 3666-7238). 50 min., 14 anos30 lugares. Grátis – os ingressos devem ser retirados uma hora antes do espetáculo. Também podem ser feitas reservas pelo e-mail producaociafragmento@gmail.com 
De 04 a 27 de setembro, sextas e sábados, 21h; domingos, 19h. 
link vídeo - https://www.youtube.com/watch?v=9CpCJ7zHopA

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