segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Lina Bo Bardi, a arquiteta do MASP, é homenageada com quatro exposições na cidade

masp projetado por lina bo bardi"Quatro exposições homenageiam os cem anos de nascimento de Lina Bo Bardi. Arquiteta por formação, a ítalo-brasileira também atuou como professora, artista plástica, museógrafa, cenógrafa, figurinista e designer. Entre os trabalhos mais importantes de Lina estão a cosntrução atual do Masp, do Sesc Pompeia e a Casa de Vidro, local onde viveu até seu falecimento.
Nascida no dia 5 de dezembro em Roma, Achillina Bo produziu centenas de guaches e aquarelas até sua graduação em 1939, provavelmente por causa da necessidade de expressão natural da adolescência. No entanto, o desenvolvimento desta habilidade fez-se útil no emprego de ilustradora da revista “L’Illustrazione Italiana”, época em que Lina Bo Bardi ficou impedida de exercer sua profissão por causa da Segunda Guerra Mundial.

Foi apenas após o fim da guerra que a arquiteta chegou ao Brasil. Casada com o jornalista e crítico de arte, Pietro Maria Bardi, Lina Bo Bardi desembarca no país com seu marido em 1946. A convite do colega de profissão e magnata Assis Chateaubriand, Pietro ajudou a implementar a primeira sede do Masp, que ficava no segundo andar de um edifício na Rua Sete de Abril. Quase dez anos depois Lina iniciaria o projeto da segunda e atual sede do Museu, já na Avenida Paulista. Do primeiro Masp, até a finalização da obra na paulista em 68, com destaque para o grande vão que preserva a vista para o centro, foram mais de 20 anos.
a cadeira desenhada pela arquiteta lina bo bardi
Durante este período Lina construiu a Casa de Vidro e trabalhou na USP. Como museógrafa levou um desfile de moda ao Masp em 1951 e colocou a “Bahia no Ibirapuera” em 1959, paralelamente à 5ª Bienal de SP. Do final dos anos 50 até 64 passou uma temporada na Bahia, onde dirigiu o Museu de Arte Moderna. De volta a São Paulo, Lina Bo Bardi trabalhou em diversos projetos do Teatro Oficina de Zé Celso Martinez, desde a construção da sede até a elaboração de cenários e figurinos para peças e filmes deste e de outros diretores.
Em 1969 o Masp é finalmente inaugurado com a exposição “A Mão do Povo Brasileiro”, mostra dedicada à cultura popular com curadoria de Lina Bo Bardi. Após construir a Igreja do Espírito Santo do Cerrado em Uberlândia, Minas Gerais, na década de 70, a arquiteta perde o concurso para reforma do Vale do Anhangabaú, em 81. O projeto de Lina previa abrigar uma pequena floresta tropical sob um viaduto elevado para carros, resguardando a permeabilidade do solo e facilitando o trânsito de pedestres.

No segundo ano da década de 80 reformou o MAM e concluiu o restauro do Sesc Pompeia, outra obra que durou quase dez anos. Em 1986, Lina Bo Bardi retorna a Bahia, onde entre outros projetos, trabalha na restauração no centro histórico de Salvador. Até 1992, ano de sua morte, Lina trabalhou na reforma do Palácio das Indústrias, sede da Prefeitura de São Paulo até 2004.
Outros legados de Lina Bo Bardi foram trabalhos no mundo da moda e do design, onde agenciou a vinda de estilistas europeus para São Paulo e desenhou joias, principalmente colares e broches. A conhecida poltrona em forma de tijela, a Bardi’s Bowl também é criação de Lina."

via http://sao-paulo.com.br/lina-bo-bardi-arquiteta-masp-e-homenageada-com-quatro-exposicoes-na-cidade/

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