segunda-feira, 13 de outubro de 2014

"Através de um Espelho" reestreia




Restreia no Teatro Tucarena, a peça Através de um Espelho
Com Gabriela Duarte, Nelson Baskerville, Marcos Suchara e Lucas Lentini
De Ingmar Bergman e Direção Ulysses Cruz 
Adaptação do longa-metragem homônimo de Ingmar Bergman, de 1961, a peça conta a história de uma família desestruturada que tenta acertar as contas com o retorno da filha, Karin, interpretada por Gabriela Duarte, após uma temporada em um hospital psiquiátrico. A instabilidade emocional de Karin é um dos estopins para que todos revejam suas relações familiares.

O texto de Bergman ganhou versão teatral de Jenny Worton e, há dois anos, ao assistir à montagem em Nova York, Gabriela se encantou. “Daquele dia em diante, aquela peça nunca mais me saiu da cabeça. O impacto que esse texto provocou me fez pensar em questões fundamentais: Quem somos nós? O que podemos fazer por quem amamos? E por nós mesmos?”

Nelson Baskerville é David, pai de Karin, que de acordo com Valderez Cardoso Gomes, dramaturgista do espetáculo, é o porta-voz de Bergman. “David é realmente sua projeção. Seu criador concede-lhe seus pensamentos e sentimentos secretos e insondáveis, uma vez que a personagem também é escritor, e sua obra, vítima de críticas injustas e infundadas, por parte do filho imaturo Max (Lucas Lentini) e do genro Martin (Marcos Suchara), que não têm embasamento para tais censuras. A peça também retrata o isolamento de David, mas, como diz Bergman: ‘De nada adianta discutir a solidão’. A lucidez das personagens ressalta ainda a incomunicabilidade das pessoas, que são como ilhas isoladas num arquipélago de incompreensão.”

Considerada uma das obras-primas do genial diretor sueco, o foco desta montagem, no entanto, não se pauta pelo sucesso cinematográfico. “Esta encenação não tem nada, absolutamente nada a ver com o filme. A adaptadora já havia feito um trabalho de transposição do filme pro teatro, linguagens muito diferentes entre si. Aqui, Marcos Daud e Valderez Cardoso trouxeram importantes contribuições para que a peça efetivamente pudesse se comunicar com o público brasileiro. Eu não me interesso nem um pouco pelos dilemas escandinavos se esses não forem os nossos dilemas”, explica Ulysses Cruz que dirige a montagem.

Ulysses ressalta ainda que o grande desafio é “transformar uma história de conflitos familiares escrita por um sueco em algo vivo, eletrizante, movimentado, para que o público do Brasil consiga se enxergar  ali. Essa peça tem de se comunicar com o seu Zé e a dona Maria e ainda por cima não deixar de ser Bergman”.
“Em suma, o que mais interessa nessa encenação no Brasil é a possibilidade de uma discussão sobre temas existenciais, simples e visceral de tal forma que ninguém escape ileso à força de Bergman”, conclui a atriz.


A partir de 18 de outubro no Teatro Tucarena. Sextas, sábados e domingos.
TEATRO TUCARENA (300 lugares) Rua Monte Alegre, 1024 (entrada pela Rua Bartira) – Perdizes.  Informações: 3670.8455 / 8454
Bilheteria: de terça a sábado, das 14h às 19h.
Estacionamento conveniado: R$ 14 (Rua Monte Alegre, 835/ mediante apresentação do ingresso do espetáculo). Valet Estapar: R$ 20 (somente sábados e domingos)
Vendas: 4003.1212 e www.ingressorapido.com.br

Sexta às 21h30 | Sábado às 21h | Domingo às 19h30

Ingressos: Sexta R$ 50 | Sábado e Domingo R$ 70

Duração: 75 minutos. Classificação: 12 anos


Curta Temporada: de 18 de outubro a 30 de Novembro

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