Foto: Divulgação |
"Coriolano"
De Willian Shakespeare. Direção: Esther Góes
Tradução: Fernando Nuno. Adaptação: Esther Góes e Ariel Borghi.
No elenco
Ariel Borghi - CORIOLANO Esther Góes - VOLUMNIA
Carlos Meceni - MENÊNIO AGRIPA Joca Andreazza - GENERAL COMÍNIO
Carlos Morelli - SICÍNIO VELUTO Ale Pessôa - JUNIO BRUTO
Pérsio Plensack - AUFÍDIO Amanda Vides Veras - VIRGÍLIA
Cacá Toledo e Josué Torres -
Exército romano e plebe romana
Jean Dandrah e Pedro Paulo Fermer - Exército
volsco e cidadãos volscos
SINOPSE
A plebe enfurecida nas ruas de Roma exige preços
baratos para o trigo, o fim das leis de agiotagem e terras para cultivar.
Seu ódio se volta especialmente contra Caio Márcio, patrício e militar que se
opõe às suas reivindicações. A plebe obtém representantes no Senado, os
tribunos do povo.
Os volscos atacam Roma. Caio Márcio se distingue na
campanha, sitiando e tomando Coríolos, a principal cidade volsca. Retorna a
Roma como herói de guerra, agora amado pelo povo, recebendo a coroa de ramos de
carvalho e sendo denominado Coriolano por seus feitos. Os patrícios, instados
por Volumnia, mãe de Coriolano, conduzem-no ao Senado para elegê-lo
cônsul.
Os tribunos do povo insuflam a plebe e criam
episódios de provocação nas ruas de Roma, para que Coriolano, fiel a suas
ideias, reaja atacando os tribunos e a própria plebe.
Aproveitando o destempero das palavras ditas por
Coriolano em praça pública contra a distribuição do trigo e a eleição dos
tribunos, estes o denunciam e exigem sua condenação à morte na rocha Tarpéia,
penhasco de onde se atiravam os condenados.
Em retumbante decisão no Fórum, com ampla
participação popular, mas totalmente dirigida pelos tribunos e por seus
asseclas, Coriolano é condenado ao exílio e banido de Roma. Os patrícios
pouco podem fazer para impedi-lo e têm que se submeter.
Coriolano sai de Roma humilhado e vai para Âncio
procurar Aufídio, seu principal rival na guerra contra os volscos, que já
preparava outro exército para atacar Roma. Num episódio inesperado os
dois se unem, e Aufídio transfere para Coriolano o domínio do ataque. O
objetivo agora é não só tomar como também incendiar Roma, destruindo-a.
Os cidadãos romanos são surpreendidos com o ataque
violento e eficaz dos volscos comandos por Coriolano e Aufídio e entram em
desespero. O general Comínio e depois o patrício Menênio Agripa vão à procura
de Coriolano, no acampamento volsco, para implorar por misericórdia. Coriolano,
transfigurado e irreconhecível, apenas impõe impossíveis condições a
Roma.
Finalmente, a mãe e a mulher de Coriolano o
procuram para suplicar. Uma Volumnia reduzida a si mesma, sem a
arrogância e a ilusão do poder patrício, se arrasta junto com Virgília diante
de Coriolano e logra convencê-lo. Coriolano propõe a paz entre as duas nações. Aufídio, sentindo-se aviltado diante de seus
exércitos, denuncia Coriolano como traidor aos senadores volscos. Envolve-o em
uma cilada e o faz ser morto diante deles.
O olhar dele não poupa ninguém:
A questão social é uma balbúrdia impossível de
ordenar. Estão em conflito classes e pessoas.
O estado sofre o impacto dos sentimentos e das
traições mais previsíveis.
Os representantes da plebe de hoje serão os novos
imperadores do futuro.
Possíveis cumplicidades ocorrem frequentemente
dentro da mesma classe social.
A permanente sensação de insegurança de todos
com todos percorre a atmosfera da cidade...
Este é o cenário de... Roma, no V século AC.
Carência alimentar, irracionalidade, corrupção de alto a baixo, estruturas de
poder em crise, mas inabaláveis. O presente e o futuro seguindo a mesma linha
de contradições e acordos impensáveis.
A narração de Plutarco e o texto de William
Shakespeare assumem o mesmo grau de impotência diante de acontecimentos
incontroláveis, cujo futuro não se consegue determinar.
Não há heróis neste espetáculo. Humanos nada
mais que humanos. E a impressão de que William não quer mentir na sua décima e
última tragédia.
No interior da personalidade do personagem
Coriolano as contradições sociais e morais do seu tempo assumem a
dimensão de um conflito avassalador. A relação com a mãe, Volumnia, faz de
ambos um binômio indivisível, cujos fundamentos precisarão ser rompidos
para quebrar a repetição. O custo é a própria vida. Nesse momento
Coriolano se renova, quando transcende as ilusões de poder do universo
conhecido. Esse retrato cru da relação de mãe e filho, e seu reencontro na
situação de crise, é o único ponto de partida promissor: o recomeço a partir de
um marco zero em que ambos se veem humanos.
Reconheçamos nesta corajosa e desiludida peça
um presente e um futuro que se espelham no passado que repetimos,
repetimos sempre, crise após crise, dia após dia. A coragem de se perceber como
ator deste momento tanto quanto milhões de outros frágeis e
impotentes seres diante da História, pode ser um acontecimento promissor...
Música Original: Miguel Briamonte
Estreia 06/9 6ªf. Faixa etária - 14 anos | duração - 100 minutos
Teatro do SESC Bom Retiro - Al. Nothmann, 185 - Campos Elíseos
Sextas Feiras - 20 hs, Sábados - 19
hs, Domingos - 18 hs
Preços: R$ 24,00 (inteira) - R$ 12,00
( meia) e R$ 4,80 (matriculados SESC)
Informações : 3332.3600 Formas de pagamento: dinheiro, cartões de débito e
crédito (Diners, Elo, Hipercard, MasterCard e Visa).
Bilheteria: 3ª a 5ªf: 9h às 20h30 | sáb., domingos e feriados: 10h até o início do espetáculo.
Estacionamento:
Matriculados: R$ 4,00 [primeira
hora], R$ 1,00 [adicional por hora]
Não Matriculados: R$ 8,00 [primeira hora], R$ 2,00 [adicional por hora]
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