quinta-feira, 5 de setembro de 2013

"A Casa de Bernarda Alba"


Walderez de Barros
em
Logo_Bernarda1

Com Patrícia Gasppar, Mara Carvalho, Victória Camargo, Bruna Thedy, Tatiana da Marca, Isabel Wilker e Fernanda Cunha

Estreia dia 14 de Setembro

Teatro Cultura Artística Itaim

Walderez de Barros comemora 50 anos de carreira,
que teve início em 1963  na Companhia de Cacilda Becker na estreia da peça Onde Canta o Sabiá, de Gastão Tojeiro.

Elias Andreato traduziu, adaptou e dirige para os palcos brasileiros A Casa de Bernarda Alba texto de Garcia Lorca escrito durante a ditadura de Franco na Espanha.   O drama das mulheres nos povoados da Espanha, seu primeiro título, é um dos mais conhecidos e encenados textos de Lorca e compõe, ao lado de Bodas de Sangue e Yerma, uma trilogia que revela um cenário desalentador dos costumes da Espanha de sua época.

Bernarda (Walderez de Barros), matriarca dominadora que mantém as cinco filhas – Angústias (Mara Carvalho), Madalena (Tatiana de Marca), Martírio (Victória Camargo), Amélia (Isabel Wilker) e Adela (Bruna Thedy) – sob vigilância constante, transformando a casa onde vivem em um caldeirão de tensões prestes a explodir a qualquer momento pois, viúva do segundo marido, decreta luto de oito anos, submetendo suas filhas à reclusão dentro das frias paredes da casa, com as janelas cerradas. Completam a cena Pôncia (Patrícia Gasppar) e a criada (Fernanda Cunha).
Preconceito, vingança, fanatismo, machismo, tirania materna e padecimentos femininos, denunciam o esclerosamento social e a sobrevivência, em pleno século XX. 

A trilha sonora original é composta por Daniel Maia. Os figurinos são de Fause Haten e o cenário de Fabio Namatame. Wagner Freire criou a luz, que completa a cena idealizada nesta montagem de Elias Andreato dessas oito mulheres, lideradas por Walderez de Barros, que “com brilho no olhar ocupam o centro da cena. Reinventam suas histórias poemas e cantilenas”, segundo o diretor.

A construção central do drama de Lorca – a casa na qual uma família de mulheres solitárias é controlada por uma mãe tirânica – teria sido inspirada em uma família da pequena cidade granadina de Valderrubio, onde os pais do poeta, que ali tinham uma propriedade rural, conheceram uma certa Frasquita Alba, mãe de quatro filhas, que comandava com mão de ferro, e um homem de nome Pepe de la Romilla, que teria se casado com a filha mais velha de Frasquita, somente por seu dote e, posteriormente, teria se envolvido com a mais jovem das irmãs. Dessa história real, Lorca apropriou-se da ideia de uma casa sem homens para compor o tema central de La Casa de Bernarda Alba: o lugar da mulher na sociedade espanhola.

As nossas mulheres de Lorca, por Elias Andreato
Nem todos os poetas escritores dramaturgos e compositores conseguiram definir a delicadeza e a explosão destes seres criadores geradores de tanta vida.
Quem sou eu para ter direitos exclusivos sobre elas?
Nossa vida masculina só se define ao lado destas meninas nem sempre senhoras de seus destinos. Suportam suas sinas às vezes caladas outras em desatinos pela violência de nós meninos.
Com as mulheres aprendi o valor da gentileza e da doação.
Quando o assunto é o coração só se ama e quem ama não mata não.
Aprendi também que a vida dividida alimentada com generosidade se torna a inteligência de quem se sabe soberana. A submissão impregnada a gerações tomou voz. Hoje quem define o tom e rabisca a partitura são elas.
A música já pode ser ouvida nos palácios periferias e em todas as tribos.
Eu sei que ainda são poucas neste mundo masculino de homens tão bandidos violentos e mesquinhos. Sem demagogia ou julgamento leviano participo da marcha de todas as Santas e Vadias.

Quero o nosso mundo igual sem tiranias. Que esta alquimia vire ouro nos nossos dias. Na Grécia antiga elas já foram proibidas de representar de subir ao palco para dançar ou mostrar sua alegria. Hoje são mestras na arte de atuar. Com brilho no olhar ocupam o centro da cena. Reinventam suas histórias poemas e cantilenas. Hoje são elas que escancaram nossas mazelas nossos medos nossa prepotência. São elas as nossas mulheres que falam de nossa impotência.

Teatro Cultura Artística Itaim Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1830 - Itaim 
Bilheteria: 3078-7427 - Televendas - 4003-1212 www.ingressorapido.com.br
Bilheteria: terça e quinta, das 15h às 19h. Sexta e sábado das 15h até o início do espetáculo. Domingo das 14h até o início do espetáculo. Aceita todos os cartões de crédito e debito. Estacionamento conveniado no local, R$ 16.

Sextas às 21h30 | Sábados às 21h | Domingo às 18h30

Ingressos: Sextas e Domingos R$ 50 / Sábados R$ 60

Duração: 90 minutos. Recomendação: 14 anos. Gênero: Drama


Estreia dia 14 de setembro.  Temporada: até 1º de dezembro

Nenhum comentário:

Postar um comentário