sexta-feira, 12 de setembro de 2014

"Fausto"

CIA SÃO JORGE DE VARIEDADES
ESTREIA FAUSTO NO SESC POMPEIA


Com direção de Claudia Schapira e Georgette Fadel FAUSTO é
inspirado nas obras Urfaust e Fausto I, de Goethe. Música ao
vivo e projeções marcam a montagem que fez a estreia nacional no
Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos


Comemorando 15 anos a Cia São Jorge de Variedades leva aos palcos o espetáculo FAUSTO, que fez estreia nacional no Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos. A montagem chega à São Paulo no dia 26 de setembro, sexta-feira, às 20 horas, no Teatro do Sesc Pompeia (sessão dia 25 de setembro, quinta-feira, às 20 horas, para convidados), onde cumpre temporada até 9 de novembro.

A adaptação da Cia São Jorge de Variedades para o texto de Goethe, que lhe deu repercussão universal, está sendo feita por seis mãos: Georgette Fadel e Claudia Schapira, diretoras da montagem, com colaboração e consultoria de Alexandre Krug, presente no elenco. Os atores Edgar Castro, Marcelo Reis, Patrícia Gifford, Paula Klein e Pedro Felício e os músicos Luiz Gayotto, Lincoln Antônio e Felipe Massumi também contribuíram para a adaptação final.

Para Georgette Fadel, a Cia São Jorge de Variedades pretende trazer FAUSTO para a arena do teatro para debater as formas e relações da modernidade e do contemporâneo. “Em um momento muito especial de comemoração de 15 anos de trabalho, a São Jorge recebe dessa obra gigante autorização para um salto de compreensão e de expressão da condição humana atual. Diante de sua limitada visão, mas ainda assim, visão, a Cia olha com um pouco mais de abrangência para o mundo e o que temos visto, sentido e pensado oferecemos em forma de espetáculo”, conta ela.

A busca pelo essencial
Fausto, além de ser a obra simbólica da vida de Goethe, adquire também significado universal por materializar o mito do homem moderno, o homem que busca dar significado a sua vida, que precisa tocar o eterno e compreender o misterioso. Na obra, pode-se dizer, o poeta expressa a experiência de toda sua existência. 

A dupla Fausto e Mefistófeles, o homem e seu diabo realizador de desejos é conhecida há mais de cinco séculos. Goethe a torna uma espécie de epopeia da modernidade (se epopeia fosse um termo que pudesse se aplicar aos tempos modernos em diante). Trabalhando poeticamente no terreno das contradições, ele as torna a própria essência da obra e a própria força propulsora da história. 

“Para nós a essência da obra está na contradição e na ideia de que o homem quis e obteve mais conhecimento, evolução tecnológica, para evoluir socialmente e viver bem. Mas o não reconhecimento da alteridade, a cegueira para a natureza e existência do outro, torna tudo o seu oposto. A busca do trabalho dramatúrgico é a síntese. Aliás, a pesquisa em todas as frentes da concepção do espetáculo é a busca do que é indispensável, sem floreios, para que tudo o que está em jogo fique claro. Cenografia, luz, figurinos e interpretação buscam o cerne, o essencial”, explica Georgette.

O coro
FAUSTO tem na palavra, no som, na musicalidade um de seus pontos fortes de composição. As experimentações nesse sentido estão sendo feitas junto ao elenco numa criação muito orgânica com o texto e intenções da cena, onde grande parte do texto é trabalhado em coro.

“Nesse encontro da Cia São Jorge de Variedades com Fausto, todos do elenco passam pelos principais personagens. Com a intenção de ampliar forças, os atores, em algumas cenas, são apenas corpos enquanto outros são as vozes”, diz a diretora.

A música é outro elemento presente na montagem com três músicos em cena e cinco instrumentos (piano, violoncelo, guitarra, baixo e bateria). A ideia é ter um contraponto entre instrumentos mais clássicos e modernos, pois existem cenas musicais que remetem a uma opereta e outras com pegadas mais modernas, onde o grupo atualiza o texto com suas vozes.

Visual impactante
Assinada por Rogério Tarifa, a cenografia traz elementos fortes, mas sintéticos. Andaimes, mesas, escadas com rodas e muitas cadeiras fazem parte do cenário, que dialoga a partir do segundo ato com vídeo. “Usamos o vídeo de duas maneiras durante a encenação, uma como elemento teatral expandindo a narrativa e outra como uma mídia diferente do teatro, quando Margarida e Fausto não conseguem se encontrar”, adianta Georgette Fadel.
 
Estreia dia 26 de setembro, quinta-feira, às 20 horas, no Teatro do Sesc Pompeia.
Texto – Johann Wolfgang von Goethe. 
Elenco – Alexandre Krug, Edgar Castro, Marcelo Reis, Patrícia Gifford, Paula Klein e Pedro Felício. Músicos – Luiz Gayotto, Lincoln Antonio e Filipe Massumi.
Duração – 150 minutos. Temporada  Até 9 de novembro.– Quinta-feira a sábado às 20 horas e domingo às 18 horas.  (Não haverá apresentação nos dias 5, 9, 10, 11, 12 e 26 de outubro). Espetáculo recomendado para maiores de 16 anos. 
Ingressos – R$ 40,00; R$ 20,00 (usuário matriculado, estudante com carteirinha e aposentado) e R$ 12,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado e dependentes).

SESC POMPEIA – Teatro – Rua Clélia, 93 – Pompeia. Fone: (11) 3871-7700. Acesso para deficientes físicos. Bilheteria – De terça a sábado das 9 às 21 horas e domingos e feriados das 9 às 20 horas (ingressos à venda em todas as unidades doSESC). Capacidade do Teatro – 358 lugares. www.sescsp.org.br.

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