quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

"As Benevolentes - Uma Anatomia do Mal "

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Fotos: divulgação
Direção de Ulysses Cruz
Peça solo com Thiago Fragoso. 
Romance de Jonathan Littell, vencedor do Grande Prêmio da Academia Francesa e do Goncourt 2006, em adaptação teatral inédita no país, estreia nacional em 21 de janeiro de 2016 no Teatro Arthur Rubinstein na Hebraica, em SP.

O arrebatador e premiado romance de Jonathan Littell publicado originalmente na França em 2006, e no ano seguinte no Brasil pela Alfaguara/Objetiva, ganha versão teatral a partir de 21 de janeiro no Teatro Arthur Rubisntein, em monólogo encenado pelo ator Thiago Fragoso, com direção de Ulysses Cruz.
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Fotos de Rogério Louzada
Desde quando leu o livro em 2007 Ulisses teve o desejo de levar para o teatro a obra considerada um tratado da maldade humana e que chegou a ser comparada pela crítica ao livro “Guerra e Paz”, de Tolstoi. “Quando li As Benevolentes, de Jonathan Littell, fiquei impressionado, não só com a capacidade narrativa do autor, como também com sua ousadia ao lidar com um tema tão complexo e arrepiante”, diz Cruz.
thiago 19Thiago, que retorna aos palcos paulistanos após sete anos (sua última temporada foi em 2009 – com a peça Rock´n 'Roll, de Tom Stoppard, no SESC Pinheiros) diz que o que mais o mobilizou no projeto foi a possibilidade de se discutir a “maldade humana”. 
“As Benevolentes faz uma implacável denúncia sobre a gênese da crueldade humana. Das memórias de um monstro inescrupuloso emerge toda a banalidade do mal, usando a definição proposta por Hannah Arendt em seu livro sobre o julgamento do nazista Adolph Eichmann. Sem buscar justificativas para seus atos bárbaros, o protagonista nos permite enxergar como o horror se constrói e se espalha no cotidiano”, ressalta o diretor.
thiago 18A peça narra a trajetória de Maximillian Aue, um burocrata que se torna oficial da SS nazista (uma das mais famosas divisões da organização nazista de Adolf Hitler) e participa dos principais eventos que marcaram a ascensão e queda do Terceiro Reich, incluindo a derrota final do exército alemão com a tomada de Berlim pelos aliados, passando pela implantação dos campos de concentração de Auschwitz e Birkenau.
Aue é um intelectual altamente culto, que aceita exercer o papel de carrasco com frieza e distanciamento. Consegue escapar e viver com outra identidade, até que, em velhice avançada, resolve contar sua história, sem se vangloriar, mas também sem nenhum sinal de arrependimento. Vivendo anonimamente na França, onde administra uma tecelagem, ele se recorda também de sua deturpada relação com a família.

Temporada de 22/01 a 28/02/2016
Sextas-feiras, às 21h30 - R$ 60,00; Sábados, às 21h - R$ 80,00 e aos Domingo, às 18h - R$ 80,00.
Teatro Arthur Rubenstein,
Clube Hebraica, Rua Hungria 1000.
Indicação de faixa etária – 14 anos. 520 lugares. Acessibilidade
Estacionamento com manobristas -estapar vallet – RS 32,00

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