domingo, 30 de junho de 2013

"À Beira do Abismo me Cresceram Asas"

 Maitê Proença e Clarisse Derzié Luz em 
Captura de Tela 2013-04-08 às 16
De Maitê Proença, a partir de texto original de Fernando Duarte
Direção Clarice Niskier e Maitê Proença e Supervisão Amir Haddad
   

FotoSucesso de crítica e público em sua temporada carioca, o espetáculo “À Beira do Abismo me Cresceram Asas”, é um retrato encantador sobre duas mulheres, chega a São Paulo para temporada no Teatro FAAP a partir do dia 15 de junho, sábado. 

O texto tem como ponto de partida histórias reais colhidas em diferentes asilos do Brasil. repleto de emoção e bom humor, leva o público às gargalhadas com o diálogo entre elas, com histórias sobre a vida. Sem cerimônias, as personagens falam sobre qualquer assunto - sexo, diferenças entre homens e mulheres, abandono, o bom e o ruim - com autoridade e sem as máscaras habituais da juventude.

A partir daí, criaram-se novas histórias, ideias, conceitos, costurou-se suspense com magia, brotou a dramaturgia, surgiu a peça e nasceram Terezinha (Maitê Proença) de 86, é de temperamento carrancudo ainda que bem resolvido. Em comum têm a praticidade dos que aprenderam a simplificar a vida já que não há tempo para complicá-la.  E têm a grande e indispensável amizade que se desenvolveu pelos anos de convívio e Valdina (Clarisse Derzié Luz) de 80 anos, parece levar o dia a dia com otimismo, sem nostalgias, mas não se engane, ela carrega um grande segredo.
Nossas velhas são tão crianças, tão jovens e tão maduras quanto tantas outras sólidas senhoras que vemos pelas ruas. São mulheres tão intrigantes quanto "As Meninas”, que - também pelas mãos de Maitê - deram passagem a elas.
“Filtro pra quê? Voltei para a infância e falo o que me vem na cabeça. Para alguma coisa tem de servir a velhice."  A frase é de Valdina, uma das personagens da peça.
“O que você vê quando olha pra mim? Uma velha rabugenta e reclamona? Eu não sou o que você está olhando.  Eu sou aquilo que está dentro do que você está olhando.  E o que eu converso com você vem de lá, eu sou o lado avesso da velha que você vê.” – Terezinha

“Nossas velhas são porretas, contam histórias, falam de tudo sem medir palavras, inclusive de sexo, que é um assunto que não morre. Valdina é uma mistura de Dercy Gonçalves e Ivete Sangalo e a Terezinha é uma Laura Cardoso. Juntas podem tudo!”, resume Maitê.

 “Velhice não é para covardes”. Parafraseando a cantora francesa Edith Piaf, Maitê Proença começa a explicar por que resolveu se transformar numa senhorinha de 80:
Asas é para quem gosta de ser mexido por dentro. Velhas contêm todas as idades. E é uma fase em que caem as máscaras, não se tem mais cerimônia para tratar as coisas, há autoridade. Adaptação do texto de Fernando Duarte, histórias colhidas em asilos por ai, a peça é focada na relação de Terezinha e de Valdina, octogenárias, por isso trazem dentro delas todas as idades, são tão jovens quanto as meninas que deram passagem a elas. Quem viveu tanto como elas pode falar de qualquer assunto com autoridade e sem a cerimônia que se tem aos 50 anos. Elas não têm tempo a perder. Não há aquele verniz todo por cima. A esta altura da vida, não é preciso tirar tantas camadas para chegar à pessoa de verdade. Elas falam coisas inacreditáveis, que ninguém fala, como: “Esse vestido é bonito, mas estava muito feio em você.” Ou: “Minha filha, na sua idade fiz um preenchimento nas mãos, você não pode ter mãos assim e deixar.” Elas te alertam para o que você não está vendo. E contam coisas inacreditáveis da vida pessoal, que com certeza não contavam aos 50."

Para rir e se emocionar no final.

 Teatro FAAP - Rua Alagoas, 903 – Higienópolis -11- 3662.7233 e 3662.7234.
Sexta e Sábado às 21h | Domingo às 18h -Sexta e Domingo R$ 70, Sábado R$ 80
Duração: 75 minutos | Recomendação: 12 anos | Gênero: comédia dramática
Estreia dia 15 de junho - Temporada: até 18 de agosto

Em breve, veja fotos da pré-estreia:



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