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Indicados ao Prêmio Shell 2013 A Arte da Comédia, do italiano Eduardo De Filippo, estreia temporada dia 11 de janeiro no Sesc Santana
Indicada às principais premiações do setor – Prêmio Shell, Prêmio Cesgranrio – e vencedor do FITA 2013, a produção de Sergio Módena - com dramaturgia do italiano Eduardo de Filippo - apresenta 12 atores que estabelecem um criativo jogo entre ficção e realidade
Um prefeito às voltas com uma cidade em polvorosa, uma companhia teatral falida, cidadãos empenhados em se fazer acreditar, dramas pessoais que entram em choque com interesses coletivos, a ficção dentro da própria ficção. A mistura desses elementos aparentemente disparatados é o mote do espetáculo A Arte da Comédia, direção de Sérgio Módena. O texto é um dos clássicos da carreira do ator, diretor e dramaturgo italiano Eduardo De Filippo (1900-1984).
Depois de bem-sucedida temporada no Rio de Janeiro, com duas indicações ao Prêmio Shell 2013 na categoria Melhor Ator para Ricardo Blat e Thelmo Fernandes e quatro ao Prêmio CESGRANRIO (2 de Melhor Ator, Melhor Espetáculo e Melhor Direção), A Arte da Comédia, estreiadia 11 de janeiro, sábado, às 21 horas, no SESC Santana. No elenco, além de Ricardo Blat e Thelmo Fernandes (vencedor do Prêmio FITA 2013- Festa Internacional de Teatro de Angra dos Reis ) estão Erika Riba, Gustavo Wabner, Alcemar Vieira, Celso André, Alex Pinheiro, Sávio Moll, Teresa Tostes, Poena Viana, Bruno Gonçalves, Sergio Somene e Renato Bavier.
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A peça conta a história do velho Orestes Campese (interpretado por Ricardo Blat), dono da miserável companhia teatral Barracão e de sua busca por apoio das autoridades locais para salvá-la. O prefeito De Caro (personagem de Thelmo Fernandes) recusa-se a ajudá-lo. Expulso do gabinete, Orestes recebe por engano a lista de personalidades a serem recebidas pelo administrador municipal naquele dia. O artista aproveita o incidente para plantar a dúvida na cabeça do prefeito: sugere a possibilidade de haver disfarçados entre os visitantes alguns atores da sua companhia. A partir de então, De Caro e seu assessor veem-se às voltas com a difícil tarefa de diferenciar verdade e farsa, encenação e realidade.
A trama é uma comédia leve e divertida, que se vale do bom humor para compor suas críticas e estabelece um interessante jogo entre verdade e ficção, interpretação e realidade. Mais do que isso, mostra o quanto a interpretação está presente no dia a dia das pessoas, compondo uma verdadeira ode à arte teatral. “A representação é um poderoso espelho da sociedade. O teatro é político, não no sentido panfletário, mas na sua capacidade infinita de reprodução dos nossos padrões de comportamento”, sintetiza o diretor.
Escrito em 1968, o texto se mantém atual, principalmente no que se refere à entonação política da trama, representada pelo embate entre a classe artística e as autoridades. Como bem define Sergio Módena, “o teatro prescinde da imaginação do público para que, diferentemente de outras artes, como o cinema, uma nova realidade se coloque em cena. Esse é o caminho seguido nessa encenação”, explica o diretor, que complementa: “O caminho da simplicidade, é talvez o mais árduo, mas é também o mais excitante e sofisticado. Devemos acreditar mais na palavra.”
SESC SANTANA - Av. Luís Dumont Villares, 579, São Paulo – SP. fone (11) 2971-8700.
Sextas e sábados, às 21h, Dom., às 18h. Até 9 de fevereiro. Duração: 1h45.
Classificação etária: 10 a. Pontos de venda: todas as unidades do SESC ou no site www.sescsp.org.br.
Ingressos: R$ 24,00 (inteira). R$ 12,00 (estudantes, professores da rede pública, maiores de 60 anos e usuários do SESC), R$ 4,80 (comerciários). Formas de pagamento: dinheiro, cartão de débito e crédito.Bilheteria: de terça a sexta-feira, das 9h às 21h; sábados, das 10h às 21h; domingos, das 10 às 18h. Pontos de venda: todas as unidades do SESC ou no site www.sescsp.org.br.
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