sexta-feira, 9 de outubro de 2015

"Desilusão das Dez Horas"

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Créditos: Fernanda Procópio
Inspirado no poema homônimo de Wallace Stevens, um dos mais importantes poetas americanos, e com uma referência obliqua ao episódio bíblico em que as filhas de Ló embriagam o próprio pai para deitarem-se com ele, o espetáculo Desilusão das Dez Horas estreia no dia 14 de outubro no Viga Espaço Cênico.

Contado pelo Filho, alternando-se entre a idade adulta e a infância, a peça, escrita por Alberto Guiraldelli e dirigida por André Garolli, é um retrato poético atemporal de uma família que vive à sombra da ausência do pai e dos maridos, marinheiros que passam semanas ou até meses em alto mar. 
Quando o Seu Moushier, velho marinheiro a quem ninguém mais deixa entrar em um navio, traz inesperadas cartas às mulheres e um presente oculto para o menino, a fina casca da rotina se quebra, revelando os fantasmas do desejo e das palavras ocultas que habitam aquela casa.

Entre a amarga insatisfação da Filha e o aparente conformismo da Mãe vão se revelando uma rotina de desejos não saciados e a hipocrisia das pequenas comunidades onde todos se conhecem e todos se escondem.
O espetáculo foi construído através da sutileza e da nuance, mais do que do confronto aberto. Um jogo de sedução e encantamento através do conflito entre desejo e a realidade que se impõe, sem os ruídos da nossa vida cotidiana, mas enredada na ancestralidade de nossas histórias.

A direção de Garolli busca no elenco formado pelos atores Helio Cicero, Mônica Granndo, Alberto Guiraldelli e Marcela Grandolpho, uma encenação que, ao mesmo tempo que desdobra a história das personagens, estimula os sentidos da plateia através dos sons, dos aromas, das sombras e luzes que se inter-relacionam no palco. Um cuidadoso trabalho de construção é pensado para que a cenografia, a trilha sonora/sonoplastia e a iluminação reverberem os signos do desejo à deriva que a dramaturgia pontua.

Sinopse: Contado pelo filho, Desilusão das Dez Horas é um retrato poético atemporal de uma família que vive à sombra da ausência do pai e dos maridos, marinheiros que passam semanas e até meses em alto mar. Entre a amarga insatisfação da filha e o aparente conformismo da mãe vão se revelando uma rotina de desejos não saciados e a hipocrisia das pequenas comunidades onde todos se conhecem e todos se escondem.

Viga Espaço Cênico (Rua Capote Valente, 1323 – Sumaré), Sala Piscina, 40 lugares.
DATA: 14/10 até 17/12 (Quartas e Quintas às 21h). Dias 26/11 e 03/12 não haverá apresentação. INFORMAÇÕES: 3801 1843
INGRESSOS: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia)
DURAÇÃO: 70 minutos. CLASSIFICAÇÃO: 14 anos

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