quinta-feira, 23 de julho de 2015

Navio Fantasma – Holandês Voador

Fotos: Gustavo Hadad
Espetáculo jovem1º de agosto a 27 de setembro no Teatro João Caetano
Inspirado no libreto escrito por Richard Wagner em 1839, a peça jovem tem adaptação dePaulo Rogério Lopes e direção de Kleber Montanheiro. Idealização e pesquisa de Deborah Correa e Elder Fraga (os mesmos de Crônicas de Cavaleiros e Dragões - O Tesouro dos Nibelungos)

Ação, mistério e romance costuram essa releitura de uma das mais clássicas lendas do mar, que já foi transposta para as mais diversas linguagens artísticas - como a Ópera de Richard Wagner ou como base para um dos personagens mais instigantes da franquia Piratas do Caribe.Navio Fantasma – O Holandês Voador estreia dia 1º de agosto no Teatro João Caetanopara temporada até 27 de setembro. 
Dramaturgia de Paulo Rogério Lopes com direção de Kleber Montanheiro (que também assina cenário e iluminação), o espetáculo tem pesquisa e idealização da dupla Deborah Correa (também figurinista da montagem) e Elder Fraga. No elenco: Gustavo Haddad,Gabrielle LopezLuciano GattiRicardo Gelli e Suzana Alves. Completam a ficha técnicaMichele Rolandi (adereços) e Rafael Gama Dantas (trilha composta original).

Foto: Gustavo Hadad

 A composição do texto original para a montagem do dramaturgo Paulo Rogério Lopes parte do libreto escrito por Richard Wagner, que inspirou-se na lenda nórdica. Wagner dizia que a ideia de compor a ópera lhe veio à mente quando, em 1839, aos 26 anos, enfrentou uma grande tempestade marítima junto com sua mulher e, mais que o temor, o que o marcou foi a beleza aterradora do espetáculo da natureza, remetendo-o a lenda do navegador amaldiçoado, condenado a viver eternamente errante até encontrar um amor que prendesse de novo seu coração à terra e lhe desse a esperada paz e descanso advindos da morte.
Além do libreto utilizado por Wagner, várias outras versões do mito do Navegador Errante foram pesquisadas até definir qual seria linha a ser seguida. “Se na versão de Wagner impera o tema da ‘blasfêmia cristã’, e outras - como a Caribenha - colocam o homem em confronto direto com deuses pagãos, em todas fica evidente a necessidade juvenil de quebra de fronteiras, de descobertas e insatisfação. A partir deste dado, a dramaturgia cria um Navegador que é amaldiçoado a carregar sua juventude pela eternidade até obter a redenção pelo amor verdadeiro. Sendo assim, além de apresentar o mito para o universo juvenil, o texto pretende tratar de temas pertinentes para esta faixa etária: a insatisfação com o já estabelecido, a ânsia de quebrar fronteiras, de se colocar à prova, de testar seus limites e conquistar novos ‘espaços’; bem como a sede implacável de encontrar alguém que seja realmente cúmplice para essa tão difícil 'jornada’.”

A figura do navegador errante popularizou-se a ponto de seu protagonista fazer parte do primeiro time dos personagens da saga juvenil Piratas do Caribe, onde o holandêsVanderdecken é rebatizado como David Jones e sua figura semi-humana composta de todo o tipo de vida marinha -  como a cabeça com tentáculos de polvo - tornou-se um ícone tão familiar ao universo pop juvenil quanto o vilão Dart Vader da série Guerra nas Estrelas.
 “O texto de Navio Fantasma – O Holandês Voador procura transportar a grandiosidade douniverso musical de Wagner para uma aventura dinâmica para tratar de temas como amor, maldição e morte”, conta o dramaturgo. 

Sinopse - O orgulho de um marinheiro irrita os deuses que o amaldiçoam: navegará eternamente como Capitão do Navio Fantasma, e poderá desembarcar somente de tempos em tempos na busca de um amor que lhe seja fiel até a morte e lhe quebre a maldição. Séculos se passam até que é dado ao Capitão do Navio Fantasma uma nova chance de encontrar esse amor, mas o pai da moça, um próspero Pescador, irá se juntar a um Caçador, antigo namorado da filha, para impedir a todo custo que esse destino se cumpra e ela lhes seja levada para sempre. Ação, mistério e romance costuram essa releitura de uma das mais clássicas lendas do mar, que já foi transposta para as mais diversas linguagens artísticas - como a Ópera de Richard Wagner ou como base para um dos personagens mais instigantes da franquia Piratas do Caribe.
Em 2013, Deborah Correa e Elder Fraga, com 19 anos de estrada, idealizaram, pesquisaram e produziram o espetáculo “Crônicas de Cavaleiros e Dragões – O Tesouro dos Nibelungos” (Prêmio FEMSA) adaptado do livro da autora Tatiana Belinky, “A Saga de Siegfried – O Tesouro dos Nibelungos”.  Inspirados no trabalho de profissionais de diversos segmentos artísticos – teatro, dança, artes marciais, teatro de animação, máscaras, música, circo e artes plásticas – e na pesquisa de linguagem de cada um, contam que “o principal objetivo é desenvolver projetos que promovam a interação desses talentos, consolidando, assim, um repertório diferenciado”.
 “Com Navio Fantasma – Holandês Voador nosso objetivo é aproximar e despertar o interesse do público jovem para espetáculos que tramitem pelo universo fantástico que estão acostumados a consumir. Queremos trazer para o público todas as sensações vividas no palco, para que cada na plateia sinta a água, o vento, a tensão do espetáculo e a grandiosidade das canções. Tudo isso por meio de um jogo de iluminação, isso vai transportar cada uma delas para o mundo do Navio Fantasma”, contam.
O ser humano é um ser de sensibilidade, de emoção, dependente do amor. A partir disso, não é possível pensar em uma sociedade que busque a sensibilidade sem pensar e buscar os anseios, os desejos, as paixões desse ser dotado de sensibilidade. Com o Navio Fantasma – Holandês Voador pretendemos levar ao público uma história de amor e a busca pela redenção”, finalizam Deborah e Elder.
Gênero: Aventura – JuvenilClassificação indicativa: 10 anos. Duração: 70 minutos
Temporada: de 01de agosto a 27 de setembroDatas e horários: Quartas, às 15h e às 20h; aos sábados e domingos, às 16h. Quartas, gratuito; aos sábados e domingos R$ 10,00.
Local: Teatro João Caetano (R. Borges Lagoa, 650 - Vila Clementino)(11)  5573-3774Capacidade: 438 lugares

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