quinta-feira, 24 de outubro de 2013

"Ricardo III"

Foto: Divulgação 
RICARDO III, que abre SHAKESPEARE - Projeto 39

Pela primeira vez no Brasil, um grupo de artistas se propõe a encenar todas as peças de William Shakespeare (1564-1616). A primeira montagem será “Ricardo III” e tem estreia marcada para 24 de outubro de 2013, em São Paulo, com Mayara Magri no papel de Rainha Elizabeth, e Chico Carvalho como Ricardo III. A direção é de Marcelo Lazzaratto.

O “SHAKESPEARE-Projeto 39” é realizado por meio de uma parceria entre a SE4 Produções, o Escritório das Artes e a Cia da Matilde. A proposta é levar aos palcos as 39 obras do escritor inglês nos próximos dez anos. Para “Ricardo III”, o orçamento proposto é de cerca de R$ 650 mil, parte
captada por meio da lei de incentivos PROAC (Programa de Ação Cultural), do Estado de São Paulo. GUARANÁ ARTARCTICA apresenta a peça, que tem os patrocínios de:
Vivo, através do projeto Vivo EnCena, LABORATÓRIO CRISTÁLIA e SONDA
SUPERMERCADOS; e copatrocínio de PORTO SEGURO.

Em setembro, a peça ganhou o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2013.

SINOPSE
Esta peça foi encenada pela primeira vez entre 1592 e 1593. O texto transpassa
a história real da Inglaterra, no final da Guerra das Rosas, conflito sucessório pelo
trono inglês ocorrido entre 1455 e 1485.
“Ricardo III” lança um olhar sobre os bastidores políticos no que se refere à
imoralidade e à ambição para se chegar ao poder. Traições, complôs e outras
Foto: Divulgação
perversidades recheiam a obra.

Sobre o Projeto Cultural Vivo EnCena
 O Vivo EnCena é uma iniciativa da Vivo que estimula o intercâmbio de projetos de artes cênicas com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento do país e da sociedade como um todo. O teatro é pensado além do espetáculo, sendo estabelecida uma rede de ações de formação de plateia, inclusão cultural e desenvolvimento profissional, compartilhando histórias inspiradoras, conceitos inovadores e ideias transformadoras no âmbito da cultura. O Vivo EnCena é realizado há dez anos e está presente em 20 estados de todo o país, além de realizar ações próprias e a curadoria do Teatro Vivo, situado na capital paulista.

RICARDO III 
A briga entre as casas York e Lancaster pelo trono inglês desperta a fúria de homens determinados a tomar o poder. Ricardo III, um complexado homem com deformações físicas, entra na disputa disposto a tudo para conquistar o reino. Assassino, inclusive de seus próprios familiares, o personagem, um dos mais clássicos da história do teatro, levanta questões sobre a ambição humana desmedida. Não só suas vilanias ganham destaque no enredo, mas a de todos que estão ao seu redor.
Quando Eduardo IV, da casa York, conquista o reino inglês, e tudo aponta para um período de paz nos tempos de guerra, uma trama se adensa em sua própria família. Seu irmão, Ricardo III, inicia ardiloso plano para conquistar o lugar do rei. “Ele é o agente de desequilíbrio de uma paz que não está bem fundamentada ou que foi fundamentada em um terreno não tão sólido. As ações dele deflagram a 
mesquinhez, as armações políticas, as puxadas de tapete, tudo aparece à tona. Nisto, descobrimos o quanto, internamente, sua família estava em conflito, o quanto as relações eram hipócritas, e o quanto, na superficialidade da paz, coisas nervosas estavam por dentro a ruir as estruturas”, comenta o diretor Marcelo Lazzaratto.

Depois de estrear nos palcos como Ofélia, aos 20 anos de idade, Mayara Magri volta a Shakespeare como a Rainha Elizabeth. A atriz, sobre o texto repleto de personagens masculinos e com pano de fundo sobre os bastidores do poder, fala que as mulheres da obra instigam uma importante reflexão sobre as perdas que a vida traz.“As mulheres de 'Ricardo III' são muito fortes e ao mesmo tempo são as que mais sofrem as dores das perdas, perdem os maridos, os filhos. No caso da rainha, ela vai 
perdendo tudo, sucessivamente, e fica sem aliados fieis, porque a partir do momento em que o poder muda, todos mudam com ele”, diz Mayara.

Chico Carvalho, que dá vida ao protagonista, acredita que a cobiça do Ricardo III reflete as ambições humanas de todos os tempos e sociedades: “A ambição é um tema que frequenta o ser humano. Fazer tudo para conseguir o poder é um dado de concentração que Shakespeare usa para elevar esse personagem a um status dramático. É um personagem improvável, reúne tudo que há de mal no ser humano, por isso ele não é realista, não o encontramos em todos os lugares. Mas, ao mesmo tempo, a sua característica de ambição de poder pode ser vista em Brasília. Shakespeare muda o tempo 
inteiro de registro para mostrar que somos o camaleão, que temos característica de se adequar a determinadas circunstâncias para ficar em evidência. Ao mesmo tempo em que é trágico, é patético, cômico.”

ADAPTAÇÃO
O texto de Shakespeare recebeu tradução e adaptação feita exclusivamente para este espetáculo. O trabalho é do dramaturgo português Jorge Louraço. A proposta é preservar a história original e as características que identificam o autor e a obra.Louraço está no Brasil acompanhando os ensaios e ficará até a estreia.

O PROJETO
A ideia de encenar todas as 39 obras de Shakespeare nasceu em 2011 durante a montagem do espetáculo “A Tempestade”, pela SE4 Produções, Escritório das Artes e Cia da Matilde. “Lançar um olhar latino sobre essa produção é estimular que as pessoas daqui possam se juntar e desenvolver ações sobre o trabalho dele”, diz o presidente da Cia da Matilde, Erike Busoni.
Alguns textos do bardo inglês ainda são inéditos no Brasil. Um dos principais motivos para isso é o fato de acharem que suas obras não são para o grande público. “Achar que Shakespeare é para a elite é um crime. É para nós todos, temos que buscar isso”, afirma Alexandre Brazil, diretor de produção da peça e diretor geral do Escritório das Artes.
 O projeto conta também com a premiada Christiane Tricerri como produtora associada.

“Ricardo III” abre o projeto neste ano e outras três montagens já estão bem encaminhadas para 2014: “Romeu e Julieta” (com direção de Vladimir Capella), “As Alegres Comadres de Windsor” (direção de Cacá Rosset) e “Troilo e Créssida” (com Maria Fernanda Cândido).

Estreia: Quinta-feira, 24 de outubro de 2013, às 21h.
Teatro João Caetano (Rua Borges Lagoa, 650 - Vila Clementino – próximo à estação Santa Cruz do 
Metrô). Informações pelos telefones 11- 5573-3774 e (11) 2668-4007.
Horários: Quintas, sextas e sábados, às 21h; domingos, às 19h.
Preços: R$ 20,00 – R$ 10,00 (meia-entrada).
Clientes Vivo Valoriza têm 50% de desconto em até 2 ingressos mediante voucher impresso no site.
Cliente PORTO SEGURO e 1 acompanhante têm 50% de desconto na compra do ingresso.
Temporada: até 24 de novembro de 2013.

Duração: 120 minutos. Classificação Etária: 12 anos.
Serviço de venda de Ingressos: Bilheteria do teatro (01 hora antes do início do espetáculo). Aceita dinheiro, cheque e cartão de crédito.
Estacionamento: Não possui


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